Adolescente tinha dívida de R$ 2 mil e armou emboscada com mentira para matar amiga

A suspeita de 16 anos inventou aos integrantes de facção que a amiga vendia drogas. Ela, dois menores e 10 integrantes da organização foram presos.


 Quarta-feira, 12 de março de 2025 

A adolescente de 16 anos suspeita de participar de uma emboscada para assassinar Luana Bruines Gonçalves da Silva, de 23 anos, foi apreendida durante uma operação da Polícia Civil, em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, nessa terça-feira (11). Além dela, foram apreendidos outros dois adolescentes e presos dez integrantes da facção criminosa suspeita de mandar matar a jovem.

O crime, segundo a polícia, foi motivado por uma disputa por venda de drogas. Segundo a Polícia Civil, Luana foi atraída para uma região de mata, em Sorriso, após ter sido enganada pela amiga adolescente.

O delegado responsável pela investigação do caso, Bruno França, informou que a adolescente relatou à polícia que tinha uma dívida de R$ 2 mil com a facção. Para que tivesse a dívida 'perdoada' pelo grupo, ela contou aos integrantes que a amiga vendia drogas no município.

Luana foi morta por asfixia após os criminosos colocarem uma bola de pano na garganta dela e a sufocar, segundo a Polícia Civil.

"Ela preferiu entregar a amiga em troca do perdão da dívida", disse.

A investigação apontou que o mandante do assassinato está preso e faz parte da facção.

A Polícia Civil continua investigando a morte da jovem em busca de identificar outros envolvidos no caso.

Entenda o caso

Luana desapareceu no dia 27 de fevereiro deste ano depois de sair de casa para buscar a filha na escola. Segundo a polícia, ela foi atraída por uma amiga para ser morta em uma casa a pedido de um preso integrante de uma facção criminosa.

O corpo dela foi localizado no dia 3 deste mês. A princípio, as equipes da Polícia Civil e Polícia Militar receberam informações sobre um corpo em um lençol na região de mata e, ao chegarem no local, apenas o lençol foi encontrado.

Conforme o delegado, o mandante do crime ordenou a retirada do corpo do local onde havia sido desovado na intenção de dificultar o trabalho da polícia. No entanto, os policiais perceberam que uma parte do matagal estava amassada e, ao seguirem a trilha, encontraram a cova onde estava o corpo de Luana.

Um dia antes do corpo ter sido encontrado, a polícia cumpriu um mandado de prisão contra o mandante do crime e de outro suspeito de envolvimento na morte.



 DigoresteNews/G1 

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