Cuiabá chega a 41,8°C, quebra recorde de temperatura e lidera ranking de calor no Brasil

Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de perigo devido à baixa umidade para 21 cidades nos estados de MT, MT do Sul, PR, SP, MG e Goiás


 Segunda-feira, 19 de agosto de 2024 

Com 41,8°C, Cuiabá foi a cidade mais quente do Brasil nesse sábado (17) e registrou um novo recorde de calor para 2024. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além do recorde, das dez temperaturas mais altas registradas no país, cinco delas foram contabilizadas em Mato Grosso (veja lista completa abaixo).

  • Cuiabá (MT) 41.8°C
  • Corumbá (MS) 40.1°C
  • Santo Antônio do Leverger (MT) 40°C
  • Aquidauana (MS) 39.9°C
  • Rondonópolis (MT) 39.6°C
  • São José do Rio Claro (MT) 39°C
  • Salto do Céu (MT) 39°C
  • Água Clara (MS) 38.9°C
  • Miranda (MS) 38.8°C
  • São Miguel do Araguaia (GO) 38.8°C

Para essa segunda-feira (19), Cuiabá deve ter mais um dia de calor intenso, podendo chegar a 40°C. Além disso, a umidade relativa do ar deve permanecer em 10%, o que é considerado extremamente baixo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal para a saúde humana é que a umidade fique entre 60% e 70%.

A OMS ainda informou que quando a umidade cai abaixo de 30%, o corpo começa a sentir desconforto, e abaixo de 12%, não é aconselhado praticar exercícios físicos, trabalhos manuais e atividades ao ar livre.

O último recorde da capital mato-grossense ocorreu na última quinta-feira (15), quando foi registrada uma temperatura de 41°C e o Inmet emitiu um alerta de grande perigo para cinco municípios da Região Centro-Oeste.

Já neste domingo (18), o Inmet emitiu um novo alerta de perigo devido à baixa umidade para 21 cidades nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás (confira abaixo).

 

Mato Grosso

  • Cuiabá
  • Tangará da Serra
  • Primavera do Leste
  • Rondonópolis

Mato Grosso do Sul

  • Dourados
  • Três Lagoas
  • Paraná
  • Umuarama
  • Londrina


São Paulo

  • Ourinhos
  • Assis
  • Presidente Prudente
  • Araçatuba
  • Marília
  • São José do Rio Preto

Goiás

  • Itumbiara
  • Caldas Novas
  • Goiânia
  • Anápolis
  • Jataí
  • Rio Verde

Minas Gerais

  • Ituiutaba


Dicas para enfrentar o tempo seco:

  • Beba bastante água (cerca de dois litros por dia ou 10 copos de água de 200 ml). Ela hidrata todos os órgãos, inclusive pele e mucosa.
  • Se puder, tenha um umidificador de ar em casa. Você também pode colocar uma bacia com água no ambiente ou uma toalha umedecida para minimizar os efeitos do ar seco, do ar poluído.
  • Hidrate bem as mucosas com soro fisiológico - pelo menos duas vezes ao dia.
  • Lave os olhos com soro fisiológico ou com colírio de lágrima artificial.
  • Cuidado com bebidas alcoólicas. Elas podem refrescar, mas também desidratam.
  • Mantenha a casa limpa, evitando o acúmulo de poeira.
  • Evite praticar exercícios físicos das 11h às 17h.
  • Use e abuse do protetor solar
  • E não esqueça os hidratantes para pés, mãos e corpo.

Onda de calor  

Uma nova onda de calor está prevista para se intensificar nos próximos dias, elevando as temperaturas em todo o Centro-Sul do país. Segundo o Inmet, mais da metade das capitais brasileiras devem registrar máximas acima de 30°C neste fim de semana.  

Uma massa de ar quente e seco se estabilizou na região central, trazendo de volta o calor após um início de semana marcado por recordes de frio em algumas capitais. O fenômeno é semelhante às ondas de calor anteriores, com o sistema intensificando a circulação de ventos quentes no interior do país e bloqueando o avanço de frentes frias.

Incêndios

O comandante-adjunto do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), major Felipe Saboia, explicou que a estiagem severa e a baixa umidade do ar são fatores favoráveis para o surgimento natural de incêndios florestais, então é preciso que a população respeite o período proibitivo.  

Conforme determina a Lei 9.605, o uso irregular do fogo associado ao desmatamento ilegal gera multa de até R$ 7,5 mil por hectare. As multas são aplicadas pelo Corpo de Bombeiros Militar e chegaram a R$ 40,5 milhões no primeiro semestre deste ano


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