Ações do governo Mauro Mendes comprometem as políticas da educação infantil
A política de redimensionamento afeta a alta demanda por vagas em creches e na falta de espaços nas redes municipais para receber os estudantes
Duas reuniões realizadas na semana passada, dia 12 de junho, para debater a educação infantil em Mato Grosso trouxeram à tona, mais uma vez, o gargalo provocado pela política de redimensionamento imposto pelo governo estadual.
Na primeira delas, o encontro do Mieib MT (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil) reafirmou a grande procura de vagas para crianças de 0 a 3 anos, no estado. No mesmo período, no TCE/MT, em audiência com o governo estadual e algumas prefeituras, representantes do Mieib e conselheiros do TCE debatiam a execução de obras, no caso creches municipais, aprovadas no Orçamento Estadual em 2023.
As duas situações se complementam”, afirma a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e integrante do fórum a educação infantil, Maria Luiza Zanirato, Segundo Maria Luiza, fica evidenciado que a falta de creches para receber os estudantes inviabilizam matrículas e, nesse sentido a destinação orçamentária para novas construções é fundamental.
Na mesma semana, após pressão do TCE, o governo anunciou a destinação de recursos para a construção de creches, em alguns municípios. No entanto, pela lista de espera citada no encontro do Mieib, e tempo de construção dessas creches, parte das crianças já estarão na educação básica, até que as obras sejam concluídas.
Para a sindicalista, o descaso da gestão Mauro Mendes para políticas de Estado, que consolida a educação pública como um processo, o qual esse se inicia com a Educação Infantil, fica evidenciado. A dirigente lembra que o redimensionamento está refletido nesta situação que vive a população com a ausência de creches.
“O redimensionamento ao transferir os anos iniciais do Fundamental para as redes municipais, impactou na redução de oferta de vagas em creches, ou tornou a oferta de tempo integral em tempo parcial”, afirma.
Nos modelos de desmonte estão, por exemplo, municípios como Alta Floresta, entre muitos outros, que estão acabando com as creches em período integral, para abrir vagas de meio período, a fim de atender mais famílias. “É um absurdo, pois os pais necessitam de locais que recebem as crianças, durante o período em que estão trabalhando, e, ao mesmo tempo, essas crianças possam desenvolver plenamente o direito de interação social, além da formação com cuidados e brincadeiras desenvolvendo sua aprendizagem e desenvolvimento bio-psíquico”, ressaltou.
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