Empresária pode ter sido mandante de outro homicídio em MT
Quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
A empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo, (40) presa acusada de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, é investigada pela Polícia Civíl por possível envolvimento no homicídio de Marcelo da Silva, que trabalhou para o jurista.
Além de ser apontada como mandante da execução de Zampieri, ela passa a ser investigada também pela morte do gerente da fazenda de Zampieri, Marcelo da Silva, ocorrida em julho deste ano.
Marcelo da Silva, gerente de uma propriedade em Querência, foi encontrado carbonizado dentro de sua caminhonete após dias desaparecido. Inicialmente, a possibilidade de um acidente automobilístico foi investigada como causa do incêndio no veículo. As novas investigações lançam luz sobre circunstâncias suspeitas que envolvem a morte do gerente.
A prisão de Maria Angélica ocorreu em 20 de dezembro, quando ela foi apontada como principal suspeita da morte de Roberto Zampieri, em Cuiabá-MT
Os recentes acontecimentos apontam para uma trama complexa e envolvem não apenas a morte de Zampieri, mas também a do gerente da fazenda, Marcelo da Silva. A acusação de falsa identidade como delegada da Polícia Federal acrescenta camadas de mistério ao caso, destacando a necessidade de investigações aprofundadas para elucidar as circunstâncias desses eventos que chocaram a região de Cuiabá.
Morte do advogado.
O Advogado Roberto Zampieri foi assassinado dentro do seu próprio carro, um Fiat Toro, na porta do escritório de advocacia, na rua Topázio, bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O crime aconteceu no dia 5 de dezembro, quando ele deixava o local de trabalho.
De acordo com as primeiras informações, testemunhas ouviram os disparos.
O advogado havia deixado o escritório e entrado no carro, quando foi surpreendido pelo suspeito, que, chegou a conversar com a vítima antes de efetuar vários disparos contra ele.
Duas semanas após o assassinato do advogado, a polícia prendeu em MG o assassino do advogado, que teria sido contratado pela empresária.
Advogado denunciou dois ex e um atual deputado de MT por crime de corrupção envolvendo o Detran.
Zampieri apresentou denúncia do caso conhecido como Operação Bereré, que envolvia as empresas Santos Treinamento e ELG Mercados, empresas estas investigadas em apuração de esquemas de fraude, desvio e lavagem de dinheiro no âmbito do Detran, na ordem de R$27,7 milhões, que operou de 2009 a 2015.
Na investigação, consta que parte dos valores repassados pelas financeiras à ELG Mercados por conta de um contrato com o Detran, retornava como propina a políticos, dinheiro que era lavado pela Santos Treinamento.
Três deputados da época (um continua com mandato na Assembleia Legislativa e outros dois estão sem mandatos) tiveram seus nomes envolvidos no recebimento das propinas e foram alvos da Operação.
Na denúncia, o advogado acusou um ex-deputado de ter comprado uma fazenda com dinheiro do esquema.
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