Ministro do STF indicado por Bolsonaro, foi quem manteve preso manifestante que morreu na Papuda
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro (PL) em 2020, negou no mês de maio o habeas corpus (HC) de soltura do bolsonarista Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos.
O preso era acusado de ter participado dos atos de 8 de janeiro. Ele morreu, nesta segunda-feira (20), na penitenciária da Papuda, onde estava detido.
Cleriston sofreu um “mal súbito”, de acordo com um ofício expedido pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal.
Segundo o documento, o preso apresentou o “mal súbito” por volta das 10h, enquanto fazia o banho de sol, acompanhado de outros detentos. “De imediato foi acionada a equipe de saúde que em instantes ingressou no bloco, dando início aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar”, acrescenta o ofício da VEP.
A morte de Cunha levantou suspeitas em relação ao seu estado de saúde, pois, em fevereiro, ele tinha pedido para responder ao processo em liberdade, pois se ressentia de sequelas da Covid-19.
Depois disso, em abril, no momento do recebimento da denúncia, o advogado Bruno Azevedo de Souza alertou a respeito da possibilidade de a prisão ser uma “sentença de morte” para Cunha. Disse, ainda, que havia um quadro de vasculite de múltiplos vasos e miosite secundária à Covid-19.
Porém, André Mendonça embasou sua decisão de negar o HC somente em questões técnicas referentes ao processo em si, sem fazer menção ao estado de saúde do preso.
Não se diminui a culpa do ministro Alexandre de Moraes pelo fato de ter prendido o manifestante, réu primário, que não oferecia nenhum perigo para um país com ladrões gigantescos e grandes criminosos do colarinho branco soltos, livres, comandando tudo e todos, mas, o magistrado responsável por negar o HC para soltar o manifestante, foi o Ministro Bolsonarista, André Mendonça.
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