Mulher pediu medida protetiva e foi estrangulada até a morte pelo ex em MT

O suspeito não aceitava o fim do relacionamento, no entanto, a delegada suspeita que a mulher o acolheu antes de ser estrangulada.


 Terça-feira, 20 de junho de 2023 

Uma mulher identificada como Fátima Evanilda Pereira, de 49 anos, morreu após ser estrangulada pelo ex-companheiro, Adilson da Silva Arruda de 33 anos, na manhã dessa segunda-feira (19), em Cáceres-MT (225 km de Cuiabá). O suspeito, segundo a Polícia Militar, não aceitava o fim do relacionamento.

A delegada, Paula Gomes Araujo informou que o suspeito foi encaminhado para o presídio e deve passar por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (20).

"Ele não falou nada em depoimento, ficou em silêncio e aparentava ter alguns problemas psicológicos, que vão ser aferidos se o juiz entender durante a instrução do processo", disse.

De acordo com a Polícia Militar, Fátima e Adilson ficaram juntos por quatro anos, mas estavam há cerca de um ano separados, motivo que, conforme a PM, fez ele perseguir e ameaçar a vítima.

A Delegacia da Mulher informou que Fátima pediu uma medida protetiva contra o suspeito devido às perseguições que estava sofrendo, mas não quis representar criminalmente contra ele.

Nesta segunda-feira, vizinhos contaram à polícia que ouviram a vítima gritando por socorro dentro de casa. No local, os militares encontraram o suspeito encima de Fátima, com as mãos no pescoço dela, que já não apresentava mais sinais vitais, conforme o boletim de ocorrência.

O Corpo de Bombeiros esteve no local e constatou a morte da vítima. O Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) foi acionado para realizar uma perícia técnica no local.

O suspeito foi preso em flagrante e deve responder por crime de feminicídio.

A Delegada falou ao site Ripa nos malandros sobre a dinâmica do crime e da prisão do suspeito. Segundo ela, a vítima havia pedido medida protetiva contra o criminoso no último dia 10, porém, não sabe se ele teria sido notificado.

A Delegada diz que muitas vezes as vítimas acabam denunciando e depois acolhem o denunciado, e isso pode fazer com que ele faça vingança. Na fala, a Delegada deixa entender que o criminoso teria sido acolhido pela vítima, numa casa que até a polícia encontrou dificuldade para adentrar. 

 Ouça a Delegada: 




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