Ministro Barroso diz que gabinetes no STF distribuem senha para soltar corrupto
Ao ser questionado sobre quais gabinetes se encontrariam nessa situação, ministro sorriu e ficou em silêncio
Segunda-feira, 17 de abril de 2023
Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, publicada no dia 26 de setembro de 2018 pela Folha de S. Paulo, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou sobre o que considera ser uma corrupção estrutural e sistêmica envolvendo recursos públicos e a impunidade no país.
Barroso afirmou que há no Supremo gabinete distribuindo senha para soltar corrupto. “Sem qualquer forma de direito e numa espécie de ação entre amigos”, disse. Ao ser questionado sobre quais gabinetes se encontrariam nessa situação, ministro sorriu e ficou em silêncio.
Na entrevista, o ministro afirmou também que no momento em que eram celebrados os 30 anos da Constituição brasileira, promulgada em 5 de outubro de 1988, seria necessário “renovarmos nossos compromissos democráticos”. Segundo ele, são “duas regras: quem ganha [as eleições] leva. Quem leva, respeita as regras do jogo e os direitos dos outros”.
Questionado sobre a possibilidade da volta de uma tutela militar sobre o país, o magistrado afirmou: “Nós já percorremos todos os ciclos do atraso. E portanto eu acho que esse é um risco inexistente”.
Na conversa, em seu gabinete no STF, ele afirmou ainda que o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, “não fez bem ao Brasil” por ter criado ressentimento e polarização, situações que as eleições, afirma, serão “capazes de cicatrizar”.
Barroso voltou a repetir que a corrupção no Brasil foi endêmica e que há uma aliança entre “corruptos, elitistas e progressistas” para que o combate a ela seja interrompido.
Digoreste News com Metrópoles
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