"Deu na Veja" - Ex-Sinfra/MT, Luiz Antonio Pagot teria interesse em voltar a chefiar o Dnit.


 Segunda-feira, 17 de abril de 2023 

A Revista Veja informou em seu site que, desde o início do ano, uma presença constante tem chamado a atenção de funcionários do bloco R da Esplanada dos Ministérios.

Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura  e Transportes (Dnit) e pivô de um escândalo de corrupção que culminou na primeira grande onda de demissões do Governo Dilma Rousseff (PT), se reuniu pelo menos três vezes com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).

A publicação revela que, a poucos meses do início do Governo Lula, os encontros alimentaram rumores de que Pagot se articulava para tentar voltar ao Dnit, autarquia responsável pela construção e manutenção das estradas da qual foi defenestrado após reportagem de Veja ter revelado a cobrança institucionalizada de propina no ministério, durante o primeiro mandato de Dilma.

Renan negou à revista que a presença de Pagot tivesse relação com o preenchimento de cargos no Dnit.

Atualmente, ele é consultor privado na área de logística.

Veja lembrou que, durante o Governo Dilma, o Ministério dos Transportes, na época comandado pelo atual dono do PL, Valdemar Costa Neto, montou um esquema de recolhimento de propina, em que empreiteiros eram obrigados a pagar 4% de “pedágio político”, em troca de contratos e liberação de faturas.

O então Partido da República, nome anterior do PL, exigia um ponto porcentual a mais para o caixa da legenda.

Com a reportagem, a cúpula do Ministério dos Transportes, do Dnit e da antiga Valec, empresa responsável por ferrovias no governo, foi demitida.

Segudo a publicação, Pagot estava na lista de demissionários e, em uma cartada final, chegou a mandar recados ao Governo de que poderia se tornar um homem-bomba e revelar esquemas corruptos no governo petista.

Meses depois, o então chefe da pasta dos Transportes, Alfredo Nascimento, também acabou exonerado no que ficou conhecido como “faxina ética” – no primeiro ano do mandato de Dilma, seis ministros foram demitidos por suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção.




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