A quase 4 anos sob comando de Jayme Campos, Conselho de Ética do Senado nunca se reuniu
Domingo, 09 de abril de 2023
Levantamento do site Congresso em Foco revela que, passados dois meses do início da 57ª Legislatura, os Conselhos de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados e do Senado Federal já acumulam 54 representações apresentadas para os colegiados apurarem as ações dos parlamentares.
O valor é puxado, principalmente, pelos 39 processos acumulados no Senado.
Reeleito como presidente do Conselho de Ética no dia 28 de março, o senador mato-grossense Jayme Campos (União) não convocou a votação de nenhum processo desde setembro de 2019.
A única vez que o colegiado se reuniu, nos últimos quatro anos, foi para eleger JC como o presidente e seu vice, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).
Estão paradas no Conselho de Ética representações para apurar as ações dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES), após do Val denunciar um suposto plano para espionar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Sempre que é questionado, Jayme alega que a pandemia da Covid-19 impediu a realização das reuniões presenciais do colegiado, o que impediu os trabalhos do Conselho, embora os trabalhos presenciais já tenham sido restabelecidos a mais de um ano.
Enquanto isso, a Câmara já tem 15 representações, apresentadas desde o início da legislatura.
Dessas, nove se referem às ações dos parlamentares durantes os atos golpistas do dia 8 de janeiro e pedem a investigação de deputados, como o mato-grossense e bolsonarista José Medeiros (PL).
Também há representações contra o ex-deputado Nelson Barbudo (PL), bolsonarista que foi rejeitado pelos eleitores de Mato Grosso, no ano passado.
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