Candidatura de Botelho seria fragilizada por esquema de corrupção no Detran

 Segunda-feira, 13 de março de 2023 

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União Brasil), teria dificuldade para obter bom resultado nas eleições 2024 à Prefeitura de Cuiabá, devido denúncias de seríssimo envolvimento em prática de corrupção no Detran.

Botelho teria se beneficiado com um esquema no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT). A informação consta na delação de Antônio Barbosa, irmão do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

De acordo com o depoimento, Botelho teria sido beneficiado com um esquema no serviço de gravames de veículos (registro de contratos de financiamento), através de uma empresa ligada a ele. Além do presidente da ALMT, o ex-deputado Mauro Savi (PSB) e o ex-deputado federal Pedro Henry também são citados como integrantes da organização.

Segundo o delator, em meados de 2010, Pedro Henry o procurou para conversar sobre o retorno que a empresa EIG Mercados LTDA, antiga FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação Ltda, pagava por serviços prestados ao Detran-MT.

Num segundo encontro, o irmão do ex-governador esclareceu a Pedro Henry como funcionavam os serviços e como o pagamento de propina era feito.

“Na reunião lhe foi explicado que uma empresa de Brasília (FDL) tinha a concessão, e repassava a propina através de uma empresa prestadora de serviços em Cuiabá, por meio de laranjas dos políticos beneficiados pelo esquema”, diz trecho da delação.

Antônio Barbosa afirmou, em depoimento, que recebeu repasses de R$ 80 a R$ 100 mil por mês com o esquema.

Botelho já teve R$ 3,5 milhões bloqueados por determinação do juiz Bruno D'Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular


G1/MT 



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