Advogado 'ostentação' do assassino que matou 7 pessoas em Sinop é baleado
Informações da unidade de saúde que atendeu o criminalista Marcos Vinicius Borges, ele levou um tiro no tórax.
Quinta-feira, 23 de março de 2023
O badalado advogado Marcus Vinicíus Borges, conhecido nas redes sociais pelo estilo 'ostentação', foi baleado em seu próprio escritório na cidade de Sinop, no Mato Grosso. O episódio aconteceu por volta das 17h desta quinta-feira, e o advogado foi socorrido por seu pai, segundo a Delegacia de Homicídios.
Ainda de acordo com as autoridades policiais, a vítima precisou passar por uma cirurgia, mas não se encontrava em estado grave.
A Polícia Civil afirma que, segundo informações preliminares, o advogado estava em uma chamada de vídeo quando foi interrompido pela chegada de supostos clientes. A dupla teria entrado em confronto corporal com Borges e seu pai e, em dado momento, uma arma de fogo foi disparada.
Os suspeitos são procurados pela polícia, e uma investigação foi aberta pela Divisão de Homicídios de Sinop.
Marcus Vinícius Borges ficou conhecido por ostentar uma série de bens em suas redes sociais, como carros de luxo, relógios e itens de ouro. Recentemente, ele ganhou notoriedade ao defender Edgar Ricardo de Olivera, um dos envolvidos na chacina em um bar de sinuca no município de Sinop, que terminou com sete mortos.
Marcos Vinicius também foi advogado de defesa de Lucas Ferraz, condenado por agredir a namorada dele durante uma festa de confraternização da empresa onde trabalhava, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.
Nas redes sociais, ele faz questão de compartilhar todas as publicações nas quais é citado, independentemente de o conteúdo tratar, até mesmo, de uma eventual crítica ao seu trabalho. Os casos em que Borges atua, e dos quais compartilhou o “êxito” da defesa, vão de acusações de estupro a homicídio.
O estilo 'ostentação' rendeu ao advogado um processo disciplinar na Ordem dos Advogados do Brasil.
Segundo Jorge Jaudy, presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-MT, foram tomadas “providências pertinentes no âmbito ético-disciplinar, cuja tramitação se dá em sigilo, nos termos do Art. 72 § 2º do Estatuto da Advocacia”. Na nota que confirmou o procedimento, a entidade afirma que “permite que o marketing jurídico seja exercido de forma compatível com os preceitos éticos, respeitadas as limitações impostas pelo Estatuto da Advocacia, Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina”.
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