Prefeitura de Cuiabá não garante nem papel para imprimir prontuário, diz médico - Veja Vídeo


  Terça-feira, 27 de dezembro de 2022  

Um vídeo gravado por um médico do Pronto Socorro de Cuiabá, na manhã desta terça-feira (27), denuncia que os profissionais da unidade não tem papel para imprimir prontuários.

O médico que na hora da gravação estava no Pronto Socorro, conta que a situação é tão constrangedora  que os médicos chegaram a propor comprar papéis para poderem trabalhar.

“Eles estavam querendo comprar, mas eu falei que isso não é obrigação dos médicos, estar comprando papel, é obrigação da Prefeitura dar”, concluiu

A situação precária da Saúde da Capital de Mato Grosso tem sido motivo de preocupação da sociedade. 7 secretários da atual gestão já foram exonerados, um foi preso e outros deixaram o cargo por determinação da Justiça.

Falta de medicamentos e insumos básicos na rede de saúde municipal tem sido recorrente, até soro e dipirona não tem sido encontrado.

Na semana passada, uma profissional denunciou que, dos 175 itens que deveriam ser encontrados na farmácia básica, que a própria prefeitura prescreve como itens básicos, havia apenas 26 itens. 

Em 19 de outubro de 2021, o prefeito Emanuel Pinheiro, chegou a ser afastado de forma temporária da prefeitura por indícios de ilegalidades na saúde da Capital, retornando ao cargo somente 37 dias depois. Na oportunidade, o chefe de gabinete da prefeitura, Antônio Monreal Neto, foi preso.

Hoje (27), os conselhos Federal e Regional de Farmácia apresentaram denúncias de que foram encontrados 4.386.185 comprimidos vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá, o CDMIC, administrado pela Secretaria Municipal de Saúde.

Em abril de 2021, os vereadores da oposição promoveram a CPI dos Medicamentos Vencidos, onde foi apurado a existência de mais de R$ 30 milhões de remédios vencidos no CDMIC, chegando inclusive a CPI indiciar o prefeito Emanuel Pinheiro por esse grave prejuízo aos cofres públicos e a saúde da população cuiabana.

Denúncias levam a crer que Já existem motivos de sobra para que seja decretada uma intervenção na Secretaria Municipal de Saúde.






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