Com afastamento de Mauro Mendes, desembargadora deve assumir o Governo de MT
Vice Otaviano Pivetta e deputado Botelho não podem suceder governador, para que não incorram em inelegibilidade
Terceiro nome na linha sucessória ao Governo do Estado, a presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, deverá substituir o governador Mauro Mendes (União Brasil), que pedirá licença do cargo para acompanhar tratamento médico de sua mulher, Virgínia Mendes, em São Paulo.
O governador anunciou essa decisão durante um ato da Escola Militar Dom Pedro II – Presidente Médici, em Cuiabá, na manhã desta quarta-feira (1º).
Apesar da revelação feita por Mauro Mendes, que não citou o período em que estará afastado, nem sua duração.
O Palácio Paiaguás não distribuiu nota sobre o afastamento.
O primeiro na linha sucessória é o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que não poderá assumir o Governo, pois, se o fizer, no período de seis meses que antecede as eleições de 2 de outubro, perderá a elegibilidade.
O segundo é o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), que também não poderá fazê-lo pela mesma razão que impede Pivetta de substituir Mauro Mendes.
Com os dois sucessores políticos impossibilitados de assumirem o Governo, o cargo será entregue à desembargadora Maria Helena para exercê-lo interinamente.
Essa será a segunda vez que ela governará Mato Grosso, pois de 29 de outubro a 2 de novembro de 2021 também chefiou o governo.Maria Helena assumiu o governo em 2021 por conta da viagem do governador Mauro Mendes e do então presidente da Assembleia, Max Russi (PSB) à Glasgow, para participarem da cúpula do clima, evento promovido pelas Nações Unidas.
Com a viagem do titular, Pivetta governou interinamente, mas teve que ausentar-se de Mato Grosso para tratamento de Saúde, o que levou a desembargadora ao poder.
Com a posse de Maria Helena no Governo, a vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Maria Aparecida Ribeira, exercerá a presidência do Judiciário mato-grossense.
Maria Helena é cuiabana e presidiu a OAB de Mato Grosso em dois mandatos, e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
De berço político, é filha do escritor Lenine Póvoas, que foi vice-governador de Mato Grosso eleito em 1965, na chapa encabeçada por Pedro Pedrossian.
À época da candidatura de Lenine, não havia voto vinculado entre governador e vice, e ele foi o último eleito ao cargo pelo voto direito, antes do hiato ditatorial quando o governo militar nomeou governadores e vice-governadores, no período de 1970 a 1979.
Com a licença de Mauro Mendes, a oficialização da pré-chapa governista ao Palácio Paiaguás será mantida em banho-maria, muito embora, nos meios políticos, a continuidade da dobradinha Mauro Mendes-Pivetta seja dada como certa.
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