Juíza "determina" que Elizeu Nascimento exclua vídeo com "fake news" contra Wilson Santos
Wilson informou sobre a tramitação de um Projeto de Lei que poderia auxiliar na defesa dos militares presos, trecho suprimido maldosamente por Elizeu
Quinta-feira, 07 de abril de 2022
A Juíza de Direito, Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro, da 10ª Vara Cível de Cuiabá, determinou que o deputado Elizeu Nascimento (PL) remova de suas redes sociais o vídeo onde ele chama seu colega de parlamento, Wilson Santos (PSD), de “defensor de criminosos” durante as discussões sobre a operação que prendeu policiais militares em Mato Grosso. A decisão é dessa quinta-feira (7).
Wilson Santos ingressou com uma ação por danos, pedindo a exclusão do vídeo e a indenização de R$ 20 Mil Reais, acusando Elizeu de “ter publicado o vídeo usando técnica de montagem, utilizando a imagem do autor sem sua autorização e com fala fora do contexto relatado na sessão extraordinária.
Elizeu Nascimento teria montado o material de forma que não refletisse a realidade do ocorrido, com claro intuito de transmitir mensagem errada para a população que o acompanha, ou seja, fake news”, diz trecho da petição inicial.
Na gravação, Elizeu manda Wilson “lavar a boca antes de falar sobre a Polícia Militar" e acusa o colega de defender bandido. No entanto, as declarações que aparecem na "montagem" foram retiradas do contexto.
"Aduz que na mesma data o requerido usou sua rede social, Instagram, para divulgação de um vídeo usando técnica de montagem, utilizando a imagem do autor sem sua autorização e com fala fora do contexto relatado na sessão extraordinária, o fazendo de forma que não refletisse a realidade do ocorrido, com claro intuito de transmitir mensagem errada para a população que o acompanha, ou seja, fake news. Frisa que a publicação possui mais de 4 mil visualizações e vários comentários ofensivos e em tom de ameaça ao autor", cita o processo.
Wilson diz que subiu à tribuna e fez a leitura de notícia jornalística referente ao caso e logo após informou sobre a tramitação de seu Projeto de Lei que poderia auxiliar na defesa dos militares presos, onde propõe a fixação de câmeras nos coletes e carros, momento em que Elizeu retrucou, “proferindo diversas acusações, faltando com respeito àquela sessão solene, mostrando-se desequilibrado e sem qualquer conhecimento do que havia sido falado por ele”, afirma Wilson.
A discussão entre os deputados se deu por causa de desdobramentos da Operação Simulacrum, deflagrada pela Polícia Civil no dia 30 de março para cumprimento de 81 ordens judiciais. Do total, 64 foram de prisões preventivas contra policiais militares suspeitos de participação em falsos confrontos, nos quais as vítimas, segundo as investigações foram executadas com diversos tiros, de forma sumária.
DEFERIMENTO
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