Vice-ministra da Defesa da Ucrânia diz que soldados russos mortos são 4,3 mil

O principal alvo dos russos hoje está sendo na cidade de Kharkiv, localizada a cerca de 480 quilômetros de Kiev e a segunda maior do país.


 Domingo, 27 de fevereiro de 2022 

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, afirmou hoje que 4.300 militares russos já morrem na guerra travada em território ucraniano. Com o choque de versões entre ucranianos e russos, não é possível checar as informações com fontes seguras. 

Em uma publicação no Facebook, a vice-ministra também disse que as tropas russas perderam 146 tanques, 27 aeronaves e 26 helicópteros, segundo a Reuters. Os números correspondem aos informados pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent. O veículo, no entanto, diz que o número de 4.300 militares mortos ainda precisa de confirmação oficial.

A divulgação de números incertos ocorre em meio à escalada de tensão no quarto dia de invasão da Rússia à Ucrânia. O principal alvo dos russos hoje está sendo na cidade de Kharkiv, localizada a cerca de 480 quilômetros de Kiev e a segunda maior do país.

Durante a madrugada, um gasoduto pegou fogo na cidade após um ataque russo. De acordo com fontes oficiais do governo da Ucrânia, o incêndio não se trata de um ataque nuclear. As explosões formaram um cogumelo de fumaça semelhante a esse tipo de ofensiva. 

Em Vasylkiv, cidade localizada a cerca de 40 quilômetros ao sul de Kiev, autoridades ucranianas confirmaram que houve explosões na região que atingiram uma refinaria de petróleo durante a madrugada (horário local). Com os novos bombardeios, o céu de Vasylkiv foi iluminado por chamas e uma coluna de fumaça pôde ser observada na região. 

Segundo a agência estatal RIA Novosti, citando o Ministério da Defesa da Rússia, as tropas russa "bloquearam completamente" as cidades de Kherson e Berdyansk. 

Kiev, por sua vez, segue sob o controle da Ucrânia. Houve registro de explosões nas últimas horas, mas, apesar das investidas de Moscou para tomar a capital, o vice-presidente da Administração estatal da cidade, Mykola Povoroznyk, garantiu que a situação no local é "de calmaria e de controle". Ele ressaltou, no entanto, que houve confrontos "com grupos sabotadores"


Áreas residenciais e creches foram atingidas, diz Zelensky 

O presidente da Ucrânia, Volodymur Zelensky, acusou a Rússia de bombardear áreas residenciais, mas reforçou que "vamos continuar lutando pelo tempo que for necessário para libertar o país", segundo divulgado pela agência de notícias AFP. 

"Não há uma única coisa no país que os invasores não considerem um alvo aceitável. Eles lutam contra todo mundo. Lutam contra todas as coisas vivas, contra creches, conta prédios residenciais e até contra ambulâncias", afirmou. 


Putin reaparece 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um breve pronunciamento em rede nacional na manhã deste domingo (horário local), em sua primeira aparição desde a última sexta-feira. Putin se referiu à invasão da Ucrânia como uma "operação especial" e cumprimentou as forças militares russas pelo "heroísmo" na guerra. 

Ontem (26), o órgão de controle das comunicações da Rússia ordenou aos veículos da imprensa locais que apaguem qualquer referência a civis mortos na Ucrânia e proibiu os termos "invasão", "ofensiva", ou "declaração de guerra".

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