Maior Templo religioso da Assembléia de Deus da América Latina furtava energia elétrica em Cuiabá, segundo Energisa
A concessionária emitiu nota afirmando ter identificado irregularidades na distribuição de energia na unidade do Grande Templo da Assembleia de Deus
Domingo, 07 de novembro de 2021
A concessionária de energia elétrica Energisa, acusou a igreja Assembleia de Deus em Cuiabá-MT de adulterar os medidores de energia, o famoso “gato”, na unidade do Grande Templo, localizado na Avenida Historiador Rúbens de Mendonça (Avª do CPA), após a justiça determinar que a empresa suspendesse uma cobrança de mais de R$ 5 mil nos últimos meses. No pedido, a igreja argumentou que durante a pandemia pagou apenas o valor mínimo de cerca de R$ 40, mas que com o retorno das atividades a fatura de agosto de 2021 veio com os valores de R$ 4.039,58 e R$ 1.322,10, o que a juíza Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro entendeu como abusivo.
No pedido, a Assembleia de Deus solicitou ainda que a concessionária não pudesse cortar a luz ou colocar o nome da Igreja nos órgãos de proteção ao crédito (SPC / Serasa). A juíza deferiu o pedido de antecipação de tutela e deu à Energisa quinze dias para ofertar contestação.
Vale ressaltar que o Grande Templo que contesta o valor de consumo de uma fatura equivalente a pouco mais de 1.300 reais, é o nome tradicional do templo da Igreja Evangélica da Assembleia de Deus de Cuiabá, sede das Assembleias de Deus do estado de Mato Grosso. É o maior templo religioso da América Latina.
Semelhante a um estádio, o Grande Templo, como é chamado, foi inaugurado em 1996 após 11 anos de construção, tem capacidade para abrigar 24 mil pessoas sentadas na nave central. Contudo, se somadas todas as dependências dos seis andares, o prédio tem capacidade para 80 mil pessoas. Sua construção consumiu 11 anos e, pelos valores calculados pela própria Igreja, hoje seria superior a R$ 360 milhões.
Em nota, a Energisa acusou a igreja de adulterar os medidores.
Leia a íntegra:
A Energisa informa que em inspeção de rotina realizada no dia 04 de Agosto de 2021, identificou a violação do medidor de energia elétrica da igreja. Esse procedimento irregular, realizado sem o consentimento da companhia, além de colocar em risco a segurança da unidade consumidora e da população local, fez com que a energia que estava sendo consumida, não fosse totalmente registrada pelo equipamento.
A inspeção foi acompanhada pelo responsável da unidade consumidora e o processo seguiu todos os requisitos normativos pautados na regulamentação vigente da Agência Nacional de Energia Elétrica.
Diante disso, a Energisa fez a cobrança de toda a energia não faturada durante o período da irregularidade seguindo análise técnica sobre o consumo, entre agosto de 2020 e julho de 2021.
Nenhum comentário