Três deputados de MT tentaram livrar Guedes de explicar sobre empresa offshore em paraíso fiscal
Ministro convocou deputados aliados para tentarem impedir sua convocação, sem sucesso
Quinta-feira, 07 de outubro de 2021
Com 310 votos favoráveis e 142 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou, na tarde de hoje, a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para dar explicações no plenário da Casa sobre a offshore em paraíso fiscal. As informações sobre a offshore de Guedes foram obtidas pelo projeto Pandora Papers, do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), cujos parceiros no Brasil são a revista piauí, Agência Pública, Poder360 e Metropoles. O vazamento também apontou uma empresa no exterior em nome do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ter uma offshore, que em tradução livre significa "fora da costa marítima", não é necessariamente ilegal, desde que seja declarada à Receita Federal. Também precisa ser declarada ao Banco Central, caso os ativos da empresa ultrapassem US$ 1 milhão. No entanto, servidores públicos têm de atender a critérios específicos. O Código de Conduta da Alta Administração Federal determina, em seu artigo 5º, que:
“É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou polí... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/o-que-se-sabe-sobre-a-offshore-de-guedes-e-como-a-oposicao-busca-enquadrar-o-ministro/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos
PT, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, Republicanos, PSB, PDT, PSOL, PCdoB, Cidadania e Rede aconselharam que seus deputados filiados deveriam aprovar a convocação de Guedes. Os partidos PSL e PSC orientaram o voto contra. As posições de Marcelo Ramos (PL-AM) e Gil Cutrim (Republicanos-MA) contaram como "voto do presidente", já que o chefe da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) está em viagem e não pode comparecer hoje.
Entre os deputados de MT, 3 votaram atendendo o ministro encrencado: Emanuel Pinheiro Neto, José Medeiros e Nelson Barbudo.
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