Alta no preço da carne bovina provoca aumento nos custos de cortes menos nobres
A alta dos preços da carne refletiu nos custos dos cortes de segunda e de terceira.
Quinta-feira, 14 de outubro de 2021
Açougues relatam que carcaça temperada, pé de galinha e pescoço, além de outras partes de boi, vaca e porco, tiveram um aumento de procura e também encareceram.
Não há dados nacionais sobre esses cortes. Em São Paulo, por exemplo, o pescoço de frango teve elevação 15,79% no preço em setembro na comparação com os 12 meses, segundo a consultoria Safras e Mercados.
A carcaça temperada de frango subiu 45%, o dorso, 60%.
Já entre os produtos suínos, a maior alta foi no espinhaço do porco, conhecido por suã, que aumentou 23,91%, e a orelha que subiu 20%.
Segundo uma rede de açougues, com lojas em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, essas carnes foram as mais vendidas por conta da crise.
O pé de frango lidera, com um crescimento de 26% no consumo.
A Rede de Açougues afirma ainda que as 'carnes de ossos', como eles classificam as partes menos nobres, ficaram 100% mais caras entre o início da pandemia e agora.
A alta acumulada no preço da carne bovina chegou a 36% entre agosto de 2020 e o mesmo período de 2021, segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O frango encareceu até mais nesse período: 40,4%. E os ovos subiram 20%.
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