Economistas defendem lockdown no Brasil - Cuiabá terá decisão nesta terça

Especialistas em economia defendem que lockdown fará país sair mais rápido da pandemia


 Segunda-feira, 22 de março de 2021 

Enquanto reavalia adiantar feriados, o Governo de Mato Grosso destaca que mais de 300 especialistas da área econômica do país divulgaram carta aberta, neste domingo (21), na qual defendem distanciamento social mais rígido para superar a pandemia com maior eficácia e, assim, retomar o crescimento econômico e a geração de empregos.

Após recuar de enviar projeto andiantando feriados à Assembleia Legislativa (ALMT), o Palácio Páiaguás deve anunciar até terça-feira (23) quais serão as novas medidas para conter os avanços da Covid-19, que serão adotadas em todo o estado. As ações deverão ter início na próxima sexta-feira, dia 26 de março.

O documento foi assinado por nomes como os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira e Ruben Ricupero, e os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida, além de vários economistas de renome no cenário nacional e internacional.

Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) mostram que ainda há forte resistência da adesão ao distanciamento social em Mato Grosso. No último final de semana, apenas 36,87% da população aderiram ao isolamento, sendo o 2º pior estado do ranking.

Conforme os estudos mais recentes da comunidade internacional, o distanciamento social pode reduzir de 29% a 64% a taxa de transmissão do vírus.

Para o grupo de economistas, o Brasil é o epicentro mundial de contágio da Covid-19, se aproximando da marca de 3 mil mortes por dia e 300 mil mortes totais pela doença, somado à falta de vacinas suficientes, profissionais médicos, leitos de UTI, insumos e o aumento da letalidade das novas variantes do vírus. O grupo afirma que só existem três soluções, que precisam ser usadas em conjunto: vacinação em massa, distanciamento social e uso de máscaras.

“A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais”, diz trecho da carta.

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