PF diz que Candidato de Bolsonaro usou dinheiro público para comprar gado e fazendas
Deputado comprou duas fazendas e foi condenado por improbidade administrativa em segunda instância.
Domingo, 17 de janeiro de 2021
O candidato do presidente Jair Bolsonaro ao comando da Câmara, Arthur Lira é famoso em Alagoas pela participação em leilões com seus bois gordos. A vida de empresário rural cresceu na época em que o deputado participou de esquema de desvio de dinheiro público (roubo, assalto) na Assembleia Legislativa de seu estado.
Pelo menos é isso que aponta o relatório da Operação Taturama, ocorrida no longínquo ano de 2007.
Segundo a PF, Lira foi guloso e egoísta, não se contentando com apenas uma, e sim, comprou duas fazendas em Pernambuco por R$ 3,8 milhões entre 2005 e 2007. O deputado foi condenado por improbidade administrativa em segunda instância. Mas está recorrendo no Superior Tribunal de Justiça. Por peculato e lavagem de dinheiro, foi absolvido em primeira instância.
O Ministério Público apelou ao Tribunal de Justiça de Alagoas.
Esquema rachadinha
Não é apenas coincidência o fato de Arthur Lira ser candidato de Bolsonaro, que tem a família inteira envolvida em escândalos do chamado crime da rachadinha.
O esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa de Alagoas propiciou ao candidato de Bolsonaro um rendimento mensal de 500.000 reais, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O parlamentar é apontado como o líder de um esquema responsável por desviar 254 milhões de reais dos cofres públicos entre 2001 e 2007. Documentos sigilosos da investigação indicam que parte do dinheiro foi usada por ele para aumentar o próprio patrimônio. Na época, seu salário como deputado estadual era de 9.500 reais.
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