“Ação judicial de Emanuel Pinheiro atrapalha BRT e é contra a população cuiabana”
Emanuel Pinheiro era o presidente da comissão que fiscalizava as obras da Copa do Mundo
Segunda-feira, 04 de janeiro de 2021
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, afirmou que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do último sábado (2), demonstra que o Governo de Mato Grosso está no caminho certo ao trocar o modal de transporte VLT pelo BRT, após um amplo estudo técnico sobre o caso.
“Nossas decisões são tomadas com base em estudo técnico, não no achismo. Nada de vender ilusões sem nenhum lastro de realidade. Sinceramente, tento entender, mas não consigo, como alguém pode defender o VLT que foi trocado na base da corrupção? Como alguém pode defender o VLT, em que foi confessada a cobrança de propina?”, indagou o secretário.
Mauro Carvalho classificou a ação da prefeitura de ingressar na justiça contra a decisão do governador Mauro Mendes pelo BRT de ser uma tentativa contra a população cuiabana.
“O prefeito de Cuiabá deveria ser o primeiro a defender o BRT, pois ele era o presidente da comissão que fiscalizava as obras da Copa do Mundo e, por isso, conhece muito bem toda essa história. Teve acesso a dados e informações. O que causa estranheza é que agora ele faz tudo para atrapalhar a população cuiabana e tenta atrasar a implantação do BRT”, ressaltou.
Mauro Carvalho também questionou a necessidade da prefeitura de Cuiabá de entrar na justiça contra a decisão do governador Mauro Mendes, que sempre esteve aberto ao diálogo.
“O prefeito foi convidado a sentar na mesa, para apresentarmos a ele os prós e contras do VLT e do BRT, antes de anunciarmos a decisão. Uma grande oportunidade de dialogar. Ele não atendeu as ligações e não retornou até hoje. Sinceramente, não dá para entender essa postura contra a população, contra o erário público. Aqui não é uma decisão da preferência do governador Mauro, mas de estudos técnicos e contra fatos concretos não há populismo que se consiga prosperar”, ponderou.
Na reunião citada pelo secretário, a então prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, se fez presente. Na oportunidade foram apresentados os comparativos do estudo técnico entre o BRT e o VTL. A tarifa por exemplo fica em R$ 3,04 do BRT, contra R$ 5,28 do VLT; o custo para terminar o modal será de R$ 430 milhões do BRT, incluindo os ônibus, contra R$ 763 milhões do VLT; o tempo de implantação é de 24 meses do BRT e de 48 meses do VLT; o BRT também será movido a eletricidade (bateria recarregável) e o VLT por meio de cabos aparentes, as catenárias.
“Foram muitas as comparações e os cenários estudados para se chegar à conclusão de que o melhor é retornar para o primeiro projeto que era o BRT”, explicou. “Muita gente fala que estamos trocando de modal. Mas, essas mesmas pessoas se esquecem que o projeto inicial era o BRT e que a troca se deu por fraude e isso o Ministério Público Federal identificou e o Tribunal de Contas do Estado já reconheceu”, ressaltou.
O secretário destacou ainda que o governo já entrou na justiça para ressarcir os cofres públicos o valor de R$ 683 milhões pelas obras não finalizadas e pelos bens que não serão utilizados. “Tudo que foi feito e que estamos utilizando está contabilizado em favor do consórcio. Como a exemplo das trincheiras do Tijucal e da Avenida da Feb, dos viadutos da Fernando Correa, da Miguel Sutil com a Avenida da Feb, da ponte sobre o Rio Cuiabá, entre outras obras”, pontuou.
Mas, o secretário é categórico ao afirmar que “defender o VLT é defender a corrupção. Tomamos uma decisão em que éramos muito cobrados pela população. A decisão foi recebida muito bem e vamos seguir no caminho que trilhamos sob o comando do governador Mauro Mendes, de se trabalhar com fé em Deus e em prol da população”.
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