Pelo menos 11 pessoas morreram em ataque de Grupo terrorista a vilarejo de maioria cristã na Nigéria
Povoado foi atacado na véspera de Natal durante desfile de organização internacional; além dos assassinatos, sete pessoas foram sequestradas
Sábado, 26 de dezembro de 2020
Pelo menos 11 pessoas foram mortas em um ataque do grupo terrorista Boko Haram no vilarejo de maioria cristã de Pemi, no estado de Borno, na Nigéria, na véspera de Natal, disse uma autoridade local.
Segundo Kachalla Usman, Boko Haram atacou a vila de Pemi também sequestrou outras sete pessoas, incluindo um pastor.
Uma organização internacional de jovens cristãos estava realizando um desfile no vilarejo de Pemi para celebrar o Natal quando o ataque ocorreu, afirmaram testemunhas.
O líder da milícia local, Abwaku Kabu, afirmou que os combatentes do grupo terrorista invadiram a vila com motos e caminhões, de onde dispararam "indiscriminadamente", além de incendiarem prédios.
Além disso, os jihadistas saquearam um hospital e sequestraram um padre antes de colocar fogo no hospital e na igreja da aldeia.
Pemi está localizada a aproximadamente 20 quilômetros de Chibok, onde o Boko Haram sequestrou mais de 200 estudantes há seis anos.
O grupo foi formado em 2002, e tem por objetivo a imposição da sharia (a lei islâmica) no Norte da Nigéria, área predominantemente muçulmana. Desde 2015, o Boko Haram está alinhado ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Em muitas regiões da Nigéria, as comunidades tiveram que formar milícias armadas de autodefesa que trabalham ao lado do exército.
Os homens armados também atacaram outra comunidade cristã em Garkida, no estado vizinho de Adamawa, saqueando armazéns e incendiando casas sem causar vítimas, disseram fontes locais.
O grupo recentemente intensificou seus ataques no Nordeste da Nigéria.
Três pessoas morreram e duas ficaram gravemente feridas em 18 de dezembro em um ataque suicida de uma adolescente na cidade de Konduga, a 38 quilômetros da capital regional Maiduguri, no estado de Borno.
O Boko Haram e sua ala dissidente, o grupo do Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap), causaram mais de 36 mil mortes em dez anos de conflito e dois milhões de pessoas ainda não podem voltar para casa.
Um homem que se apresenta como Abubakar Shekau, líder de uma das facções do Boko Haram, também disse que o grupo foi responsável pelo sequestro de mais de 300 estudantes no Noroeste do país no início deste mês, embora o governador Aminu Bello Masari tenha desmentido esta afirmação, dizendo que "bandidos locais" eram os responsáveis.
O local do sequestro fica a centenas de quilômetros do território de Boko Haram, que opera regularmente no Nordeste do país, ao redor do Lago Chade. Os jovens foram libertados após cerca de uma semana.
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