Veja cita que Emanuel teria aplicado golpe usando esmeraldas falsas
O empresário ganhou em todas as instâncias, mas Emanuel evita pagar a dívida que hoje ultrapassa R$ 1,2 milhão.
Sexta-feira, 27 de Novembro de 2020
Uma reportagem publicada na edição online da Revista Veja, sob título “Candidato é acusado de dar golpe com esmeralda falsa” resgata uma longa briga judicial na qual Emanuel Pinheiro, 29 anos atrás, teria usado um lote de esmeraldas falsas para quitar dívida de campanha para disputa a uma vaga na Câmara de Cuiabá.
A reportagem retrocede no tempo, em 1991, quando o hoje prefeito de Cuiabá, candidato a reeleição, pede dinheiro emprestado a um amigo – o equivalente a R$ 71 mil - para disputar a eleição e se elege, com 1403 votos pelo antigo e extinto PFL.
Voltando aos tempos atuais, a Veja mostra que hoje, aos 55 anos, Emanuel ainda não quitou a dívida contraída com o amigo e que o “credor ameaça pedir a falência do hoje prefeito a qualquer momento”, diz trecho da reportagem.
Segundo o texto, Emanuel teria, num primeiro momento, quitado a dívida com cheques. Posteriormente, estes foram substituídos pelo lote de pedras semi-preciosas, em pacotes com esmeraldas em estado bruto. “Um dos lotes continha 600 pedras pequenas e foi avaliado em 22.000 reais. Outro, com pedras maiores, em 30.000 reais. Ao final, descobriu-se que todas eram falsas”, cita a reportagem assinada por Larissa Borges.
Depois de ter os lotes recusados pelo Banco do Brasil, instituição que liberou os R$ 71,9 mil, o empresário contratou detetives para procurar uma das empresas que teria atestado a veracidade a pedras, a Lewinston International Inc, e acabou descobrindo que a empresa também era falsa.
Em agosto deste ano (29 anos depois), A Juíza da 9ª Vara Cível de Cuiabá, Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro, determinou o bloqueio de bens do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) no valor de até R$ 56.5 mil em verba honorária.
Emanuel Pinheiro pediu danos morais contra o seu "ex-amigo". Porém, a justiça negou e o condenou a pagar as custas processuais
Na ação principal (execução da dívida), o empresário ganhou em todas as instâncias, mas Emanuel evita realizar o pagamento pois discorda do valor atualizado que ultrapassa a cifra de R$ 1,2 milhão.
A matéria que foi publicada com antecedência do primeiro pleito executivo de Emanuel, adiantava da possibilidade de insolvência civil.
Imagem da matéria na revista Veja
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