Candidato ao senado, Carlos Fávaro recebeu "UM MILHÃO" em propina, conforme delação de Silval Barbosa
Delator disse que empresa pagou R$ 1 milhão em propina a Fávaro para quitar dívida de Geller
Quarta-feira, 04 de Novembro de 2020
O candidato ao senado nas eleições de 15 de Novembro, Carlos Fávaro (PSD) foi um dos políticos citados na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa.
Segundo Silval, Carlos Fávaro teria recebido dinheiro de propina da empresa Martinelli, que teria, em contrapartida, recebido incentivos fiscais do programa Prodeic. A negociata visava ajudar o ex-ministro da Agricultura Neri Geller, que estava devendo dinheiro a Fávaro e não tinha condições de honrar.
Na narrativa, Silval que disse que na campanha de 2010, Carlos Fávaro emprestou aproximadamente R$ 1 milhão para Neri Geller, ex-ministro da Agricultura, atual deputado federal, para que utilizasse na campanha a deputado federal naquele ano (2010).
Em 2011, Silval foi procurado por Geller e por Fávaro, que confidenciaram que Neri ainda devia este R$ 1 milhão, mas não tinha condições de honrar o compromisso. Silval apenas lamentou, não tendo como ajudar, pois já havia assumido muitas dividas.
Surgiu então uma solução: Recorrer a um empresário do ramo de móveis, chamado Osvaldo Martinello, de Lucas do Rio Verde, sendo que se o colaborador (Silval) concedesse incentivo fiscal para as empresas de Martinello, ele pagaria de propina essa divida que Neri tinha com Carlos Fávaro, tendo o colaborador concordado e pedido para eles procurarem o Secretario da SICME.
O governador autorizou a concessão do Prodeic a Móveis Martinello, mesmo sabendo que se tratava de empresa de comércio. Após a concessão do Prodeic, o colaborador conversou com Neri Geller e Carlos Fávaro, tendo ambos confirmado que o empresário pagou a dívida e o problema já estava resolvido.
Carlos Fávaro é um dos 11 candidatos a cadeira no senado, deixada por Selma Arruda, que foi cassada por suposto crime eleitoral em campanha, em 2018.
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