O eleitor que puniu a Caixa de Papelão, punirá o Paletó?
Terça-feira, 27 de Outubro de 2020
Era agosto de 2017 quando a TV Globo registrava um capítulo da história vexatória da política de Mato Grosso. O Canal de Televisão de maior audiência nacional, exibiu vídeos gravados durante o governo de Silval Barbosa (2010 a 2014) mostrando deputados estaduais à época recebendo maços de dinheiro de Sílvio Corrêa, então chefe de gabinete de Silval.
Silval e Sílvio, em delação premiada ao Ministérios Público Federal (MPF) homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), delataram que se tratava de pagamento mensal, o famoso mensalinho, robusto de propina pelo silêncio dos parlamentares sobre as obras para a Copa do Mundo de 2014 e sobre o programa rodoviário MT Integrado.
Somente 3 anos depois, já em 2020, o MPF denunciou os participantes do grupo a Justiça Federal, tornando réus os envolvidos no escândalo
Nos vídeos repugnantes gravados no Palácio Paiaguás, não há acomodação de dinheiro em cueca, como ocorreu com o vice-líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, (Senador Chico Rodrigues), o que afastou qualquer possibilidade de que os mesmos se sujassem com merda de deputados. Porém, algumas cenas grotescas entraram para o anedotário popular.
Emanuel Pinheiro, atual prefeito de Cuiabá e candidato à reeleição, deixou cair um (entre vários) maço de dinheiro do bolso do paletó, fazendo com que a sabedoria popular o apelidasse de "Paletó".
Ezequiel Fonseca, deputado estadual na época e depois federal, guardou a grana numa caixa de papelão. Esses, foram os maiores protagonistas do episódio que envolveu quase duas dúzias de propineiros, em que deputados recebiam propina no governo Silval. Com um paletó e uma caixa de papelão em ação, usados para transportar os "Gordos Maços de Dinheiro", Emanuel Paletó e Ezequiel Caixa de Papelão popularizaram.
Embora o Paletó e a Caixa de Papelão tenha servido para evitar que os dois políticos colocassem a grana na cueca e posteriormente sujasse com merda, o caso já fez uma vítima e caminha para outra. Ezequiel não conseguiu se reeleger deputado federal nas eleições 2018, e Emanuel corre o risco de perder a reeleição para a prefeitura de Cuiabá no próximo dia 15 de novembro.
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