Em 2018, IBOPE disse que Witzel teria 12%, mas ele obteve 41,3% (veja erros incríveis)
Um dia antes das eleições, Instituto apresentou resultados muito diferentes dos contabilizados nas urnas em 4 estados
Sexta-feira, 16 de Outubro de 2020
O institutos Ibope acabou mostrando a fragilidade de suas pesquisas de intenção de voto realizadas no Brasil. A apuração das eleições gerais em 2018, só fez aumentar a desconfiança sobre esses levantamentos.
Os principais discordâncias do Ibope apareceram no Rio de Janeiro, Distrito Federal, em Minas Gerais e São Paulo. Além do apontamento para presidente.
No Rio de Janeiro, a fragilidade das pesquisas ficou gritante. Um dia antes das eleições no primeiro turno no Rio de Janeiro, segundo o Ibope, Wilson Witzel (PSC) tinha 12% dos votos, porém, o líder para o governo fluminense obteve 41,3% dos votos dos votos válidos, uma diferença incrível de 29,3%. Segundo o Ibope, Eduardo Paes 32% e Romário 20% disputariam o segundo turno carioca.Veja a pesquisa divulgada pelo G1, clicando AQUI
Na pesquisa divulgada no último sábado que antecedeu as eleições de 2018 para o governo de Minas Gerais, o Ibope apontava que Anastasia do PSDB teria 42% das intenções de votos válidos, contra 25% de Fernando Pimentel (PT) e 23% de Romeu Zema (Novo). Porém, no final da apuração eleitoral, Zema obteve 42,7%, indo para o segundo turno contra Anastasia, que conquistou 29% do eleitorado
Em São Paulo, a surpresa ficou por conta de Márcio França (PSB) no segundo turno. As pesquisas de intenção de voto sempre colocaram Paulo Skaf (MDB) entre os dois primeiros colocados, mas o candidato acabou fora da disputa. França que apareceu na pesquisa com 18% dos votos, obteve 21,5% e foi para o segundo turno contra Doria (PSDB), contrariando o Ibope.
Já no Distrito Federal, a surpresa foi Eliana Pedrosa (PROS) que as pesquisas deram 14% dos votos e iria para o segundo turno, porém, terminou o pleito com 6,99%. dos votos e não foi para o segundo turno.
Ainda no sábado, 6 de outubro, um dia antes da votação em primeiro turno para presidente da República, o Ibope divulgou pesquisa dizendo que Bolsonaro tinha 36% dos votos e Haddad aparecia com 22%, mas o que se viu na apuração das urnas foi Bolsonaro com 46,03% e Haddad com 29,28% dos votos. Alckmin do PSDB que aparecia nas pesquisas com 8%, teve apenas 4,76% dos votos
As eleições de 2018 escancararam que há crise de credibilidade dos institutos tradicionais de pesquisas, um fenômeno que cresceu após a inesperada vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e de erros em eleições recentes no Brasil.
Nas eleições de 2014, levantamentos realizados pelo Ibope indicavam a iminência de disputa no segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (Rede). O candidato que efetivamente avançou ao segundo turno contra a petista, Aécio Neves (PSDB), tinha entre 14% e 17% das intenções de voto nas pesquisas, mas acabou recebendo 33,6% dos votos válidos no primeiro turno.
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