Exército gera impasse para combate no Pantanal e permite destruição total.

Contato com o Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF), sinaliza que o Exército não tem atuado na ocorrência pantaneira.


  Quarta-feira, 16 de Setembro de 2020  

Participação do Exército Brasileiro no combate a um dos piores incêndios enfrentados pelo Pantanal em Mato Grosso é alvo de impasse. O emprego das tropas precisa de solicitação da Marinha do Brasil, responsável pela frente de trabalho na área. A corporação militar afirma que tem participado das ações quando pedido. As ocorrências de incêndio no Pantanal se arrastam por quase dois meses e já consumiram mais de 1,2 milhão de hectares, o que equivale a mais de 1 milhão de campos de futebol. A situação de emergência ficou para ser reconhecida pela União nesta quarta-feira (16).

O secretário-geral da Seccional mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Flávio José Ferreira, relata que, em contato com o Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF), foi informado de que o Exército não estava atuando na ocorrência pantaneira.

O advogado entrou em contato com membros da bancada federal de Mato Grosso e a deputada Rosa Neide, integrante da Frente Parlamentar Ambiental, organizou uma reunião para debater a questão. Além da deputada e de Ferreira, participaram da discussão Maureen Lazzaretti, titular da pasta estadual de Meio Ambiente, e o bombeiro secretário executivo do CEGF, coronel Paulo Barroso.

No encontro, a informação quanto ao emprego do Exército, apenas com o chamado da Marinha, foi reiterado. “A situação é insustentável, falta recurso, equipamento, efetivo, produto. Sabemos disso pelos relatos de quem está trabalhando”, reforça Ferreira.

A 13ª Brigada da Infantaria Motorizada (13ª Bimtz) explica que a atuação acontece mediante solicitação, quer seja pela Marinha ou pelos Bombeiros. “Se o efetivo que tiver lá não for suficiente, seremos acionados”, diz o comandante da unidade do Exército, general Reinaldo Salgado Beato. O militar informa que já foram realizadas em torno de 5 ações em conjunto, em todo o Estado. São aproximadamente 1 mil homens aptos para atuar contra as queimadas. O Exército integra a operação Verde Brasil 2, que acontece na Amazônia Legal desde maio deste ano.

A Marinha foi procurada e informou que o Ministério da Defesa é que se pronunciaria. O órgão federal argumenta apenas que são empregados militares das 3 forças de segurança, que tenham curso de combate a incêndio florestal.





Digoreste News com GD

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