Grande explosão atinge Beirute, capital do Líbano
Origem teria sido armazém de fogos de artifício; ainda não há detalhes sobre vítimas
Uma grande explosão atingiu na tarde desta terça-feira (4) a cidade de Beirute, capital do Líbano, de acordo com a imprensa internacional.
Ainda não há detalhes sobre o que aconteceu ou sobre o número de vítimas.
Segundo a TV local LBC, o ministro da saúde do país afirma que foram registrados "um número muito grande de feridos" e muita destruição. O canal Al Mayadeen falou em centenas de feridos.
De acordo com a agência Reuters, as explosões ocorreram na área portuária da cidade, onde ficam muitos armazéns.
A agência de notícias estatal NNA e duas fontes de segurança afirmam que a origem da explosão foi um armazém de fogos de artifício perto do porto da cidade. Ainda não se sabe qual foi a causa e o tipo de explosivo que havia no local.
Vídeos nas redes sociais mostram uma grande nuvem de fumaça na capital e imagens de prédios destruídos.
De acordo com a rede de TV Al Arabiya, uma série de explosões foram ouvidas em toda a cidade e ao menos uma delas teria ocorrido nas proximidades da residência do ex-premiê Saad Hariri.
Segundo testemunhas ouvidas pela Al Arabiya, construções que ficam a quilômetros de distância das explosões foram atingidas.
"Vi uma bola de fogo e fumaça sobre a cidade. As pessoas gritavam e corriam, sangrando. Varandas foram arrancadas dos prédios. Vidros de prédios altos caíram nas ruas", disse uma testemunha à Reuters.
JULGAMENTO
Nesta semana, está prevista a divulgação do veredito de um tribunal apoiado pela ONU contra quatro homens acusados de terem participado do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri —pai de Saad— em 2005. O resultado deve sair na sexta-feira (7).
Os réus, todos membros do movimento xiita do Hizbullah, estão sendo julgados à revelia pelo Tribunal Especial do Líbano (TSL), com sede em Haia (Holanda), encarregado de ditar a sentença 15 anos após o atentado com um carro-bomba, no centro de Beirute. Nele, morreram o bilionário sunita e outras 21 pessoas.
O assassinato de Hariri, pelo qual quatro generais libaneses foram inicialmente acusados, desencadeou uma onda de protestos que forçou a retirada das tropas sírias do país, após uma presença de 30 anos no país.
O Hizbullah, que nega envolvimento no ataque, opõe-se a entregar os suspeitos, apesar de vários mandados de prisão do TSL.
Hariri era considerado o principal líder dos sunitas no país, enquanto o Hizbullah, que tem apoio do Irá, representa parte da comunidade xiita.
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