Dono de afiliada da Globo (Grupo RBS) tem alta após usar cloroquina
O medicamento é o mesmo que o presidente Bolsonaro defende, no entanto, a imprensa (inclusive a Globo), prega o terror contra
Nelson Sirotsky, do Grupo RBS, recebeu alta após tratamento com cloroquina Foto: Reprodução
O ministro da Saúde alerta que medicação
deve ser usada com cautela
Diagnosticado com o novo coronavírus, o empresário Nelson Sirotsky, que vem a ser dono do Grupo RBS, que controla a afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, teve alta do hospital. Aos 67 anos, Nelson fez um tratamento combinando cloroquina e azitromicina, uma medida defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e que tem gerado controvérsia entre alguns especialistas.
O empresário apresentou febre, dor de cabeça, dor no corpo, tosse e indisposição generalizada, mas sem falta de ar. O médico que o acompanhou, o doutor Luiz Antônio Nasi, receitou a medicação por sete dias.
– Até o terceiro ou quarto dia, não senti melhoras, mas também não piorei e não tive falta de ar. Durante o tratamento, recebi também antibióticos para prevenir uma eventual infecção bacteriana. A partir do quinto dia, fui melhorando, me sentindo mais animado e mais disposto. Ainda não posso afirmar que estou 100% curado. Por se tratar de uma doença até então desconhecida, estou em observação e meu isolamento está mantido por mais sete dias, quando receberei nova orientação médica – afirma o empresário, que não chegou a ser entubado nem encaminhado à UTI e já está em casa.
O uso da hidroxicloroquina foi levantado pelo presidente americano Donald Trump, que provocou uma corrida às farmácias, deixando pacientes sem o medicamento e levando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a proibir a exportação e a venda sem receita no Brasil.
O Ministério da Saúde vai distribuir 3,4 milhões de unidades de cloroquina e hidroxicloroquina aos estados para uso em pacientes com quadro grave em um protocolo experimental. Na quinta-feira (26), o governo federal zerou as tarifas de importação da cloroquina e da hidroxicloroquina, originalmente usados por pacientes com malária, lúpus e artrite.
– Continuamos com indícios de eficácia contra o novo coronavírus. Foram poucos pacientes, não sabemos se o medicamento foi decisivo ou não. Esse medicamento tem efeitos colaterais intensos e não devem ficar na casa para serem tomados sem orientação médica. Vão fazer uma série de lesões se automedicando. Leiam a bula, não é uma Dipirona – disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
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