Redimensionamento do Governo Mauro Mendes fecha Escola do Campo
O estado joga para as redes municipais uma leva de estudantes, os quais a Prefeitura não terá condições financeiras para manter
Imagem Ilustrativa, extraída da internet
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) foi informado do fechamento da Escola Estadual Cláudio Aparecido Paro, localizada na zona rural do município de Tangará da Serra, Gleba Triângulo. A comunidade escolar protesta contra a decisão da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), fruto da política de redimensionamento do governo Mauro Mendes.
Os profissionais da escola manifestaram a indignação à suspensão das atividades, anunciada para a conclusão do ano letivo de 2019, por considerarem que o conceito de corte de gastos do estado, não pode ser aplicado de maneira rasa, desconsiderando a realidade e a peculiaridade característica das comunidades de campo.
A mobilização realizada pela comunidade escolar contou com um abaixo assinado, solicitando continuidade do atendimento na unidade estadual, bem como protocolaram na Seduc-MT manifesto contrário ao fechamento da escola.
A EE Cláudio Aparecido Paro foi criada em 2014, com foco em agregar os estudantes do Ensino Fundamental e Médio, além da Educação de Jovens e Adultos, que estavam excluídos do acesso à educação, naquela localidade.
A realidade da Escola de Tangará soma-se aos dados do Censo Escolar 2019 que revelam o retrocesso nos direitos à Educação do campo, regredindo a práticas do século passado, quando a falta de escolas empurrou inúmeros cidadão e cidadãs a condição de analfabetos. Uma dívida, conforme o Sintep/MT, longe de ser corrigida pela Educação de Jovens e Adultos, modalidade ameaçada pela política de corte de gastos.
O Censo Escolar 2019 registrou queda de 145.233 matrículas em todas as modalidades de ensino no Campo, e o governo Mauro Mendes é um colaborador para mais essa retirada de direitos. “As escolas do campo são fechadas sem que respeitem as condições dos estudantes para o frequentar as unidades disponibilizadas e, mais, sem qualquer preocupação com a qualidade da oferta, dado que em muitos casos é agravado pela falta de infraestrutura, para profissionais e estudantes”, ressalta o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.
A política de transferência das matrículas para as redes municipais é recorrente nas denúncias feitas pelos dirigentes do Sintep/MT. “Com o argumento de redução de gastos o estado joga para as redes municipais uma leva de estudantes, os quais a Prefeitura não terá condições financeiras para manter”, destaca o secretário de redes municipais do Sintep/MT, Henrique Lopes.
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