Receita investigou mulher de Toffoli, que agiu em benefício próprio

A esposa do ministro teria sido investigada uma semana antes dele travar investigações do Coaf


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, pode ter agido em benefício próprio quando determinou, na última terça-feira (16), que processos baseados em dados sigilosos do Coaf (Conselho de Controle de

Atividades Financeiras) e da Receita Federal obtidos sem autorização prévia da Justiça seriam suspensos.

Informações obtidas pela revista Crusoé apontam que Tofolli já estava tentando pausar esse tipo de investigação após a Receita começar a buscar dados sobre o escritório da mulher, a advogada Roberta Maria Rangel.

Na época em que as investigações contra o escritório de Roberta começaram, o ministro chegou a marcar para 21 de março a discussão de um recurso que delimitaria até que pontos esses órgãos poderiam repassar informações fiscais para procuradores e investigadores. Depois, remarcou o julgamento para novembro, mas tudo foi adiantado nesta semana, quando ele aproveitou o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para adiantar o processo.

Dessa forma, segundo a revista, além de beneficiar sua esposa e o senador, Tofolli ainda ajudaria o amigo e também ministro Gilmar Mendes, uma vez que sua mulher, Guiomar Mendes, também é alvo de uma apuração interna da Receita Federal.






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