Cuiabá registra em setembro primeira queda do endividamento das famílias no ano
O cartão de crédito lidera como principal tipo de dívida das famílias na capital (71,2%).
O consumo de forma parcelada das famílias em Cuiabá registrou o primeiro recuo no ano no mês de setembro. São 124,8 mil famílias endividadas atualmente, segundo a Pesquisa de Endividamento e inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada nesta sexta-feira (04), pela Fecomércio-MT.
De acordo com a pesquisa, observou-se uma queda de 1,6% na sua variação mensal, quando 126,7 mil famílias se encontravam nessa condição em agosto. Já no primeiro mês do ano, eram 112,6 mil famílias endividadas. O aumento verificado neste período, em números absolutos, foi de 10,8%.
O cartão de crédito lidera como principal tipo de dívida das famílias na capital (71,2%). Os carnês aparecem em segundo, com 37,1%, e, em seguida, os créditos consignados (8%) e pessoal (7,6%). Na comparação com janeiro, o cartão foi o que apresentou maior crescimento no período, registrando 66,4% na época.
Inadimplência
Do total de endividados, a Peic atual revelou que menos da metade (55.159 mil) estão com contas em atraso, ficando assim, inadimplentes. Desses – inadimplentes –, 29,2 mil não terão condições de pagá-las no próximo mês. Nota-se uma redução de 11,8% sobre o mês anterior para as famílias que declararam estar com contas em atraso e de 6,1% nas que afirmaram não ter condições de pagá-las.
Apesar de oscilar durante o ano, o percentual das famílias que se declararam inadimplentes diminuiu na comparação com janeiro de 2019, apresentando um recuo de 4,4% para as que possuíam contas em atraso e de 24,3% para as que não teriam condições de pagar as contas parceladas.
Tempo endividado
Em relação ao tempo comprometido com dívidas, as famílias da capital mato-grossense passam, em média, 7,6 meses atreladas a uma dívida parcelada. No entanto, a maioria das famílias entrevistadas (30,2%) alegaram que possuem dívidas parceladas por mais de um ano. Em janeiro, o tempo comprometido com dívida era pouco menor, de 7,4 meses.
Já sobre a parcela da renda comprometida, a Peic de setembro revela que o comprometimento médio da renda está em 23%, pouco maior do que o verificado no mês anterior (22,8%) e bem acima do registrado em janeiro (14,9%). O aumento mostra que as famílias recuperaram, no período de nove meses, seu poder de compra.
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