Resistência dos educadores da rede estadual é mantida em 68 dias de greve
Para resolver a questão da greve, a categoria quer apenas que o governo Mauro Mendes cumpra com a Lei 510/2013
Os profissionais da educação na rede estadual completam nesta sexta-feira (02.08), 68 dias em greve, com Ato Público e caminhada da frente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) até a frente da Secretaria de Estado de Educação. A manifestação encerrou as mobilizações da semana organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
A mobilização no TJMT registrou a contrariedade dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação às decisões proferidas nos últimos dias pelo órgão, quando a desembargadora Maria Erotildes Kneip decretou a abusividade da greve e a desembargadora, Marilsen Andrade Addario, concede liminar proibindo manifestação da categoria, em órgãos públicos. A constatação foi de que mais uma vez a força do Estado foi aplicada contra a luta dos educadores e das educadoras.
Às liminares cabem recurso pela assessoria jurídica do Sindicato, o foco da categoria no entanto, é resolver a questão da greve com o cumprimento da Lei 510/2013. Neste sábado e domingo (3 e 4 de agosto) o Sintep/MT realiza o Conselho de Representantes, uma instância de debate que avaliará a greve e deliberará pelos próximos passos. “Pelo apoio que temos recebido dos profissionais e da própria sociedade nos revela que estamos no caminho certo. E a greve deve durar o tempo que for necessário”, destacou Valdeir Pereira, presidente do Sintep/MT.
Os avanços nas negociações dependem de proposta. Em matérias divulgadas por veículos de imprensa, foi anunciado que o governo apresentaria uma proposta esta semana. Contudo, o governador Mauro Mendes se mostra inflexível, mesmo os parlamentares tendo construído um caminho de negociação, viável dentro das condições orçamentária do governo. “Medo nunca foi característica dos profissionais da Educação, nos manteremos na luta”, concluiu o presidente.
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