Devido a entrave do Fethab, produtores podem plantar menos milho em MT

Entre as estratégias, um novo ‘tratoraço’, na Capital, está sendo planejado pelo setor produtivo para chamar à atenção do governador Mauro Mendes para necessidade de revisão da taxação.


Por conta do Fethab do milho, os produtores do estado podem diminuir a plantação de milho em Mato Grosso, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT).

Eles estudam  tomar ‘outras medidas’ para reverter a cobrança do Fethab do Milho, tributo que passou a incidir sobre a comercialização do cereal desde 1º de fevereiro.

No atual ciclo, 2018/19, o milho cobre 4,6 milhões de hectares. Outra ação pode ser o boicote à compra de novas máquinas, até o final do ano.

Ainda entre as estratégias, um novo ‘tratoraço’, na Capital, está sendo planejado pelo setor produtivo para chamar à atenção do governo do Estado para necessidade de revisão da taxação.

Conforme dados apresentados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) durante a audiência pública, somando as taxas, impostos e contribuições na soja e milho, os produtores desembolsam um total de R$ 405,31 por hectare.

Galvan lembrou que a produção é importante para o Estado, pois movimenta cerca de R$ 11 bilhões, mesmo não gerando lucro a quem produz.

“Mais uma etapa do nosso Movimento Mato Grosso Forte, para tentar sensibilizar o governo e a própria Assembleia. Nós não compactuamos com esse Fethab e nunca compactuaremos. Desde o início fomos contra mais essa taxação sobre um produto que em raras safras deixa alguma margem de lucro. Já tentamos diálogo, fizemos o ato do dia 15 de maio com mais de 1.500 produtores e agora essa audiência como mais uma tentativa de pôr fim a essa cobrança”, afirmou Galvan.

Também presente à audiência pública, presidente da Aprosoja Brasil, Brartolomeu Braz, afirmou que a entidade é solidária a todas as questões que tragam prejuízos a produtores de todo país e que a luta pela retirada do Fethab Milho, em Mato Grosso, tem com total apoio da associação nacional. Ele comparou ainda as ações realizadas pelos governos de Goiás e Mato Grosso, mediante a crise brasileira. “Sou do estado vizinho, Goiás. Nós temos um governador que respeita o produtor rural e reconhece nossas dificuldades.

Ele nos prometeu não tributar o agro porque o agro precisa de incentivos. Nós temos dados que o melhor programa social do mundo é plantar soja nos municípios, porque os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) dessas cidades eram baixos e com a chegada da produção se tornaram altos. Estou falando de toda sociedade, de Nova Mutum, Sorriso, Primavera do Leste. Vão pesquisar como eram esses municípios antes. Vem um governador que acredita que sabe tudo, mas não tem coragem de mexer na gestão do seu Estado. Precisamos nos unir para enfrentar essa situação. Contem com a Aprosoja Brasil”, afirmou Braz.

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