Assassino de procuradores, pai e filho em MT vai a júri popular dias 6,7 e 8
Assassino executou pai e filho em 2016, na fazenda de propriedade das vítimas, em Mato Grosso
O procurador aposentado do DF, Saint'Clair Martins Souto, 78 anos, e o filho dele, procurador do Rio de Janeiro, Saint'Clair Diniz Souto, 38: mortos por um funcionário de confiança
(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
O homem acusado de assassinar pai e filho, Saint’Clair Martins Souto, 78 anos, e Saint’Clair Diniz Souto, 38, vai a júri popular. O julgamento do vaqueiro José Bonfim Alves de Santana está marcado para 6, 7 e 8 de agosto, em Vila Rica (MT), município distante aproximadamente 1,3 mil quilômetros de Cuiabá, onde o crime ocorreu. Na época do duplo homicídio, em 2016, Bonfim confessou o crime. Ele trabalhava para a família há oito anos e atuava como administrador da Fazenda Santa Luzia, de propriedade das vítimas.
Será o primeiro caso em que a assistente de acusação é mãe e viúva das vítimas. A advogada criminalista Elizabeth Diniz Martins Souto é reconhecida por ter atuado no meio jurídico e vai participar das sessões. Ela foi casada com Saint’Clair Martins Souto por 45 anos e é mãe de Saint’Clair Diniz Souto.
As vítimas moravam em Brasília, no Lago Sul, e tinham viajado até a propriedade da família para resolver assuntos de família. No dia do crime, o vaqueiro e Saint’Clair Martins Souto andavam a cavalo em uma área de pastagem, com mato alto, quando o vaqueiro atirou no advogado. Depois, chamou o filho alegando que o pai havia caído do animal e precisava de ajuda. Nesse momento, Saint’Clair Diniz Souto também foi assassinado.
Investigadores encontraram os corpos a aproximadamente 1,5km da sede da fazenda. José Bonfim afirmou à polícia ter assassinado pai e filho dentro da propriedade, agindo sozinho. Após o crime, teria voltado com os cavalos para a sede.
À época, a polícia chamou atenção para a frieza do vaqueiro que, depois dias após o crime, fez um churrasco na casa dele. O delegado responsável pela investigação comentou, inclusive, que Bonfim teria premeditado o crime. Em depoimento, o acusado deu detalhes do crime: contou ter dado quatro tiros em cada vítima e chegou a desenhar um mapa indicando onde deixou os corpos de pai e filho.
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