Atraso de 30 dias em salários não é descartado por Mauro Mendes

Em campanha, Mendes disse que o governo Taques devia mais de 4 Bilhões, porém, a própria equipe do governador constatou que a dívida é de apenas 1.7 Bilhões


Relatórios que recebeu dos servidores que atuaram na equipe de transição, desde o período pós-eleição até o momento da posse, não deixaram o governador Mauro Mendes (DEM) tranquilo em relação às finanças do Estado. A situação foi revelada por ele próprio, durante seu discurso na cerimônia de posse, ocorrida no último dia 1º. Atrasos de salários que podem chegar a 30 dias não estão descartados.

“Recebi relatórios que, pra sua apresentação, alguns deles demoraram 6 horas. Em nenhum deles eu vi realidades que pudessem me deixar tranquilo e pensar assim: Naquela área, naquela pasta, posso deixar pra trabalhar daqui algum tempo”, revelou.

Mauro reclama, mas, em campanha, ele dizia que o governo Taques tinha dívidas acima de 4 Bilhões de reais, no entanto, a própria equipe de transição nomeada por Mauro Mendes, revelou que a dívida é de apenas 1.7 Bilhão, quase um terço do valor que previa o governador eleito e empossado essa semana, números que deveriam ser comemorados, e não servirem de mi mi mi a cada entrevista, visto que o ex-governador Silval entregou a Taques uma dívida de 2.7 Bilhões e ainda confessou na justiça, ter roubado o estado em um Bilhão de reais.

No discurso, o governador comparou o Estado com uma empresa em que todo o dinheiro que se arrecada não é suficiente para quitar as despesas do mês.  

Em tom de pessimismo, Mauro afirmou que o cenário pode piorar ainda mais. 

“Servidores que sonhavam e há mais de 20 anos recebiam no dia 30, passaram a receber no dia 10. . Daqui a pouco, esse sonho do dia 30 vai se realizar, mas como um pesadelo, com 30 dias de atraso. Então, meus amigos, isso não está correto”, disse.

“Se o Estado de Mato Grosso fosse uma empresa privada, ela estaria em recuperação judicial”, afirmou Mendes, reforçando sua analogia do Estado com o setor privado, aliás, experiência própria, visto que as empresas do governador entraram em recuperação judicial e permaneceram por um bom tempo, restando até hoje dívidas a pagar, inclusive, com funcionários.

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