7 deputados de MT deixam Brasília nessa 5ª feira - Veja benefícios que eles perdem

Apenas Carlos Bezerra conseguiu se reeleger e segue por mais 4 anos

Ezequiel Fonseca, Victório Galli e Valtenir Pereira tentaram a reeleição e foram derrotados

Dos 8 deputados federais de Mato Grosso que estiveram no exercício do mandato nos últimos 4 anos em Brasília, apenas o velho cacique do MDB, Carlos Bezerra, continuará na próxima legislatura. Ságuas Moraes (PT) não disputou as eleições em 2018, Adilton Sachetti (PRB) e Nilson Leitão (PSDB) concorreram o Senado, sendo ambos derrotados. Fábio Garcia (DEM) chegou a lançar candidatura a reeleição, vindo a desistir mesmo antes do início da campanha eleitoral, no entanto, ele se tornou primeiro suplente do senador eleito Jayme Campos. Já os deputados Ezequiel Fonseca (PP), Valtenir Pereira (MDB) e Victório Galli (PSL) foram as urnas na tentativa de um novo mandato, ambos foram derrotados. 

Os 7 deputados que não permanecem na Câmara Federal no próximo quadriênio, perdem benefícios de salários e verbas parlamentares.


Conheça o valor do salário de um deputado e demais verbas parlamentares

O salário mensal dos parlamentares é de R$ 33.763. 

Para o exercício do mandato, os deputados federais utilizam mensalmente:

Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap): o valor depende do estado de cada deputado, devido ao preço da passagem aérea. Representantes do Distrito Federal ficam com a menor quantia (R$ 30.788,66). Já os de Roraima recebem a maior: R$ 45.612,53.

A cota pode ser usada para despesas com:
- passagens aéreas, telefonia e serviços postais (vedada a aquisição de selos);

- manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, compreendendo locação de imóveis, pagamento de taxa de condomínio, IPTU, seguro contra incêndio, energia elétrica, água e esgoto, locação de móveis e equipamentos, material de expediente e suprimentos de informática, acesso à internet, TV a cabo, licença de uso de software, assinatura de publicações;

- fornecimento de alimentação do parlamentar;

- hospedagem (exceto do parlamentar no Distrito Federal);

- locação ou fretamento de aeronaves, de automóveis (até o limite de R$ 10,9 mil mensais) e de embarcações; serviços de táxi, pedágio e estacionamento até o limite global de R$ 2,7 mil mensais; passagens terrestres, marítimas ou fluviais;

- combustíveis e lubrificantes até o limite de R$ 6 mil por mês;

- serviços de segurança prestados por empresa especializada até R$ 8,7 mil por mês;

- contratação de consultorias e trabalhos técnicos, permitidas pesquisas socioeconômicas;

- divulgação da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores à data das eleições, se o deputado for candidato;

- participação do parlamentar em cursos, palestras, seminários, simpósios e congressos, até o limite mensal de 25% do valor da menor cota mensal, ou seja, a do Distrito Federal;

- complementação do auxílio-moradia, até o limite de R$1.747 mensais.


Verba destinada à contratação de pessoal: 
O valor, que hoje é de R$ 106.866,59 por mês, destina-se à contratação de até 25 secretários parlamentares (cuja lotação pode ser no gabinete ou no estado do deputado), que ocupam cargos comissionados de livre provimento. A remuneração do secretariado deve ficar entre R$ 980,98 e R$ 15.022,32.

Auxílio-moradia: R$ 4.253 
Concedidos aos parlamentares que não moram em residências funcionais em Brasília.

Despesas com saúde: 
Os deputados têm atendimento no Departamento Médico da Câmara (Demed) e podem pedir reembolso para despesas médico-hospitalares realizadas fora do Demed. Deputados em exercício do mandato e seus familiares que podem ser incluídos como dependentes no Imposto de Renda têm direito de utilizar o departamento.

Além disso, se quiser, o parlamentar poderá aderir ao plano de saúde dos funcionários da Câmara, pagando R$ 420 por mês, com direito a rede conveniada nacional e a filhos e cônjuge como dependentes. Também é paga a participação de 25% sobre o valor da despesa médica realizada.

Cota gráfica: 
O parlamentar pode solicitar a confecção de material de papelaria oficial (cartões, pastas, papel timbrado e envelopes) e a impressão de documentos e publicações.

Ajuda de custo: 
No início e no fim do mandato, o parlamentar recebe ajuda de custo equivalente ao valor mensal da remuneração. A ajuda é destinada a compensar as despesas com mudança e transporte e não será paga ao suplente que for reconvocado dentro do mesmo mandato.

Aposentadoria: 
A lei do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC - Lei 9.506/97) prevê aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de mandato. Nesse caso, os proventos serão calculados à razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de mandato. No entanto, é obrigatório preencher os requisitos de 35 anos de contribuição e 60 anos de idade.


Com a saída dos 7 deputados, outros 7 tomam posse na sexta-feira (01 de fevereiro) e somam-se ao reeleito Carlos Bezerra, gozando dos benefícios acima citados pelos próximos 4 anos. São eles: Nelson Barbudo (PSL) - José Medeiros (PODE) - Emanuelzinho (PTB) - Neri Geller (PP)  - Dr. Leonardo (Solidariedade) - Professora Rosa Neide (PT) - Juarez Costa (MDB)


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