Ao TSE, Facebook, WhatsApp e Twitter diz: "Bolsonaro não impulsionou conteúdo"

Questionadas pelo TSE, empresas do Facebook, WhatsApp e Twitter disseram que o presidente eleito e o PSL não impulsionaram conteúdo.


O Facebook, o WhatsApp e o Twitter encaminharam nessa segunda feira (12) ao Tribunal Superior Eleitoral, ofícios afirmando que os perfis do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e de seu partido, o PSL, não contrataram serviço de disseminação de mensagens em massa em suas plataformas, o chamado impulsionamento de conteúdo.

A campanha do presidente eleito sempre negou ter contratado impulsionamento de conteúdo.

As repostas foram dadas ao ministro Luis Roberto Barroso, relator no TSE da prestação de contas da campanha de Bolsonaro.

Na quinta feira (8) ele atendeu a pedido da área técnica do tribunal e determinou ao facebook, Instagram (que pertence ao Facebook), Twitter, WhatsApp e Google que respondessem em três dias se houve contratação de disparos em massa de mensagens a favor do candidato durante as eleições, seja por ele ou por qualquer outra pessoa.

Em sua decisão, Barroso determinou que as empresas descrevessem o nome, número do CPF/CNPJ do eventual contratante, data da contratação, tipo e valor do serviço adquirido.

Em 18 de outubro a Folha revelou que empresários impulsionaram disparos por WhatsApp contra o PT. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. 

Bolsaonaro e seus aliados negam que tenham contratado esse tipo de serviço.

O WhatsApp declarou que opera um aplicativo de envio de mensagens privadas e, portanto não impulsiona conteúdo na rede mundial de computadores em favor de qualquer partido político. Logo, o WhatsApp não foi contratado pela campanha do presidente elito Jair Bolsonaro para fornecer serviços de impulsionamento de conteúdo na rede mundial de computadores em seu favor e, por isso, não possui as informações requisitadas por esse egrégio Tribunal Superior Eleitoral, disse.

No caso da empresa, não existe venda de impulsionamento, já que não cobra pelo serviço.

"O Twitter Brasil averiguou internamente e foi constatado que as contas verificadas do candidato Jair Messias Bolsonaro e do partido político Partido Social Liberal (PSL) – @jairbolsonaro e @psl_nacional, respectivamente – não contrataram impulsionamento de qualquer conteúdo, seja este eleitoral ou não", disse a empresa em comunicado. 

O Twitter disse que não permite anúncios de campanha eleitoral no Brasil, Marrocos, Paquistão e Coreia do Sul.

O Facebook, que é também responsável pelo Instagram, divulgou resposta parecida. De acordo com a empresa, Bolsonaro e o PSL "não contrataram impulsionamento de conteúdos no período entre 16 de agosto de 2018 e 28 de outubro de 2018".

O Google foi a única empresa que admitiu gastos da campanha de Bolsonaro, mas apresentou as notas no valor de R$ 1 mil e afirmou ter trabalhado dentro das regras atribuidas pelo TSE para campanhas pela internet. 

"A campanha do Sr. Jair Messias Bolsonaro efetuou contratações com a Google Brasil na forma dos dispositivos mencionados [resolução do TSE que permite o impulsionamento de conteúdo], sendo representado pelo Partido Social Liberal".


Digoreste News, com informações do Último Segundo e Folha Uol


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