STF diz que crise financeira justifica atrasos salariais do governo de MG

Governador Pimentel (PT) vem parcelando a folha de pagamento e culpa a folha de inativos por déficit no estado


Efetuar o pagamento integral dos salários dos servidores da educação pode comprometer o equilíbrio orçamentário do estado e colocar em risco o pagamento de outras categorias..

Isto foi o que argumentou o ministro Dias Toffoli, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ao suspender uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que determinou o pagamento dos servidores da educação estadual até o quinto dia útil de cada mês.

Caso igual ocorre também no RS, onde o PT e seus aliados criticam o governo que por sua vez, não pertence ao PT.

Pimentel tem culpado a folha de inativos por déficit no estado, o petista também fala sobre atrasos na escala de pagamento e critica os adversários pelas 'escolhas'

Fernando Pimentel (PT) credita o rombo nas contas do estado à folha de pagamento dos aposentados do estado e defendeu uma reforma previdenciária como forma de voltar a ter as contas em dia. O petista chamou de demagogia a proposta dos pré-candidatos ao governo de cortar cargos comissionados como forma de melhorar as finanças. 

Pimentel disse que a folha dos aposentados custou R$ 21 bilhões no ano passado, enquanto o estado arrecadou cerca de R$ 5 bilhões. 

De acordo com o petista, o orçamento fiscal é superavitário. “O deficit do estado é a folha de inativos, que não foi corrigida nos últimos 40 ou 50 anos. Não foi criado um mecanismo para financiar esse rombo”, disse. 

Pimentel sugeriu a criação de um fundo para financiar a Previdência. 

O petista defendeu o que chamou de uma constituinte previdenciária para solucionar o rombo nas contas públicas. “Essa fórmula tem que ser feita, tem que ter humildade e conversar com as pessoas, fazer uma espécie de constituinte previdenciária e discutir o que fazer para financiar o rombo da Previdência sem usar os impostos”, disse.

Para o petista, a Previdência deve ser financiada com outro recurso, que não os impostos, pois estes devem retornar à sociedade, e aproveitou para criticar os adversários na sucessão. 

O governo de Minas não tem conseguido pagar a folha de funcionários em dia, até essa data (30) ainda não concluiu a folha do mês de Junho, quando deveria já estar pagando Julho.