Deputado preso faz falta no palanque de Mauro Mendes, do mesmo partido

Mauro Mendes sofre a baixa com a prisão do companheiro de sigla.


Mauro Savi que está preso desde maio, sempre obteve boa votação no nortão, sendo na última eleição o mais votado no estado. 

Depois que o ex-governador Julio Campos desistiu de se lançar ao parlamento estadual nas eleições desse ano, o deputado Mauro Savi, que foi preso dia 09 de maio pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) na Operação Bônus, que é a segunda fase da Operação Bereré, não deve ser candidato a reeleição, visto as negativas da justiça em soltar o parlamentar nas insistentes tentativas da sua defesa.

Savi, que foi afastado do cargo parlamentar, era uma grande esperânça de atrair votos na região norte,  para o pré-candidato ao governo Mauro Mendes do DEM, mesma sigla do parlamentar. 

A investigação apura esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propina, por meio de contrato da empresa EIG Mercados e o Detran ao deputado.


Operação

A Operação Bônus é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Operação Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos.


Operação Bereré

A Operação bereré foi desencadeada no dia 19 de fevereiro, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que vasculhou a Presidência da Assembleia, bem como o gabinete de Savi, além das casas dos dois parlamentares. A casa de Savi localizada em Sorriso também foi alvo de mandado de busca e apreensão.

As investigações tiveram início na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Defaz), sendo que as medidas cautelares foram requeridas pelo Naco Criminal (Núcleo de Ações de Competência Originária) do Ministério Público Estadual e estão sendo cumpridas em Cuiabá, Sorriso e Brasília (DF), pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) e Polícia Judiciária Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do Bope. 

Várias pedidos de hábeas corpus já foram impetrados na justiça pedindo a soltura do deputado, correligionário de Mauro Mendes, porém, todos foram negados. A Assembléia Legislativa chegou a votar pelo soltura de Savi, votação que não foi reconhecida pela Justiça.