Rejeição de Taques é menor do que a de Dante, Lula e Dilma em reeleição
26,2% que Taques tem hoje de rejeição, não preocupa o Paiaguás, e sim quem tenta nele chegar
Na primeira rodada de pesquisas para as eleições de Mato Grosso, o instituto Voice Pesquisas mediu a rejeição dos principais possíveis candidatos ao Governo. O atual governador Pedro Taques (PSDB) com um total de 26,2% é o mais rejeitado pelos eleitores entrevistados.
Esse número não pode ser considerado alto ou desfavorável ao atual governador, e aqueles que realmente tem conhecimento do processo político, sabem do que estamos dizendo, aliás, 26,2% de rejeição para quem está no comando do estado e atravessou a maior crise econômica que o país já enfrentou na sua história, deve ser visto como preocupante por quem tenta disputar o Palácio Paiaguás com o governador.
Pra se ter uma idéia, esse número representa a metade da rejeição que tinha Dante de Oliveira (in memorian) em 1998, quando disputava a reeleição contra o candidato Julio Campos. Dante, tinha 54% de rejeição, na época, passava por grande desgaste, após haver demitido mais de 25 mil servidores públicos, fechado o Bemat (Banco do Estado de MT) e privatizado a Cemat (Centrais Elétricas de MT).
Lembramos que:, Júlio saiu candidato ao governo de Mato Grosso, contra Dante que era o governador e disputava a reeleição, momento parecido com o atual, em que Pedro Taques deve ser candidato a mais um mandato ao governo do estado.
Julio Campos tinha 53% das intenções de voto nas pesquisas de opinião pública sobre tendência do eleitorado, contra 11% de Dante, às vésperas das convenções partidárias. Julio chegou a citar o acontecimento no final de dezembro último em entrevista ao olhar direto, dizendo:
“Isso mesmo: na época das convenções, em 1998, Dante tinha 11%; Carlos Bezerra [PMDB] 19% e Júlio Campos 53%. Júlio saiu para governador e Bezerra para senador [na mesma chapa]. E deu zebra!”, citou Julio, sorrindo da situação inusitada que viveu.
“Após a abertura das urnas, Dante que tinha 11% subiu para 51% e venceu no primeiro turno. Eu baixei para menos de 43%, ponderou Campos. Ele fez um exame lúcido da época, comparando com os dias atuais.
Como se já na ocasião da entrevista tivesse fazendo premonições, Julio complementou: “Não se iludam. Governo é governo! Taques pode se recuperar e ganhar as eleições”, Finalizou Júlio Campos, do alto de sua experiência de quem foi governador de Mato Grosso, prefeito de Várzea Grande, Senador da República e três vezes Deputado Federal.
Lembraremos a seguir outros dois casos de rejeição, ambos, assim como o primeiro, os líderes em rejeições nas pesquisas foram candidatos a um segundo mandato, e em todas, venceram a rejeição e venceram seus adversários:
Dilma
No dia 07 de agosto de 2014 a rede globo divulgou no jornal nacional o resultado da pesquisa Ibope aferindo a taxa de rejeição de cada um dos candidatos a Presidência da República, e a rejeição foi a seguinte:
Menos de 60 dias depois, ao abrir as urnas, Dilma Rousseff foi eleita para um segundo mandato.
Veja matéria comprovando no link do Uol:
https://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/08/07/ibope-com-36-dilma-tem-a-maior-taxa-de-rejeicao-entre-presidenciaveis.htm
Lula:
No dia 30 de julho de 2006 segundo o Datafolha, (Link a seguir) o ex-presidente Lula que disputava reeleição tinha o maior percentual de rejeição entre os candidatos: Não votariam no petista em nenhuma hipótese 31% dos eleitores entrevistados. Porém, Lula foi reconduzido ao segundo mandato.
Matéria pode ser conferida no link do Folha Uol:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc3006200604.htm
"Se rejeição em pesquisas de opinião fosse determinante para se prever o resultado, Donald Trump teria amargado derrota para Hillary Clinton, e não foi isso que se viu."
Redação Digoreste News, por Itamar Will