2º Batalhão de Fronteiras (BFRON) completa 79 anos

O 2º Batalhão de Fronteira com sede em Cáceres, comemorou ontem (24), o seu 79º aniversário.



HISTÓRIA

O 2º BFRON surgiu em 24 de maio de 1939, aglutinando efetivos da 2ª Companhia de Fronteira (2ª Cia Fron), sediada em Cáceres desde 1932, e da 4ª Companhia de Fronteira (transferida de Cuiabá para Cáceres em 1937).

A unidade foi organizada com duas companhias de fuzileiros, um pelotão de metralhadoras e um pelotão extranumerário. Dela passou a fazer parte também um destacamento situado na localidade de Fortuna (MT) e que era mantido pela 2ª Cia Fron.

A partir de 1940, tendo em vista a extensão da área sob sua responsabilidade, o 2º B Fron foi ampliando o número de destacamentos ao longo da linha fronteiriça.

Naquele ano, foram criados: em 02 de julho, o Destacamento Militar de Corixa, distante 90 km de Cáceres; e, em 25 de agosto, o Destacamento Militar de Casalvasco, afastado cerca de 400 km de Cáceres. Mais tarde, no ano de 1964 (14 de agosto), foi criado o Destacamento Militar de São Simão, a 360 km de Cáceres.

Em 12 de setembro de 1975, foi à vez de surgir o Destacamento Militar de Santa Rita, situado a 190 km de Cáceres.

Desde 1996, também existe o Destacamento Militar de Retiro Confap, que se localiza aproximadamente a uma distância de 520 km da sede do batalhão.

Em 27 de julho de 1978, o 2º B Fron foi transformado em 66º Batalhão de Infantaria Motorizado, sendo subordinado à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada.

Assim permaneceu até o ano de 1994: em 1º de outubro daquele ano, voltou a ser o 2º B Fron e passou à subordinação da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira.

O 2º B Fron tem a missão de assegurar a soberania brasileira numa extensão aproximada de 750 km de fronteiras, a maior parte em linha geodésica.

Os seus integrantes têm cumprido a difícil tarefa de guardar e manter os marcos definidores da fronteira; patrulhar a linha fronteiriça sob sua responsabilidade; estimular a sedimentação da cultura brasileira nas povoações e escolas; e fiscalizar produtos controlados. 


Amizade com o Exército boliviano 

No segundo semestre de 1999, ocorreram duas históricas cerimônias militares, em Cáceres e em Guayaramerin (Bolívia), que reforçaram a união e a confiança entre brasileiros e bolivianos.

No Mato Grosso, o 2º B Fron recebeu a denominação histórica de “Batalhão General José Miguel Lanza”, vulto heróico da Bolívia.

Do outro lado da fronteira, atribuiu-se a designação de “Batalhão Marechal Luís Alves de Lima e Silva”, Patrono do Exército Brasileiro, ao Batalhão de Infantaria XVII, do Exército boliviano.

Na época, o então chefe do Estado-Maior do Exército (EME), general Hermes, destacou, em discurso, a fraternidade, a camaradagem e o respeito que unem brasileiros e bolivianos. Algumas de suas palavras:

“O 2º Batalhão de Fronteira, organizado em maio de 1939, sempre teve atuação pautada pela dedicação exclusiva ao cumprimento de sua missão maior; a de vigiar extensa faixa de fronteira de mais de 750 km, em terreno de difícil acesso. 

Esta unidade mantém, há mais de meio século, destacamentos e sub-destacamentos desdobrados ao longo desta vasta região, sendo, pois, constantes, os contatos com os irmãos bolivianos. 

O general José Miguel Lanza foi o mais célebre combatente pela independência de sua pátria. Cognominado de ‘O guerrilheiro da independência’, foi o único líder das lutas contra os espanhóis a participar da fundação e consolidação da República da Bolívia. 

O papel por ele desempenhado, durante a formação da nacionalidade boliviana, foi calcado na lealdade, no extremo senso de patriotismo e no respeito à dignidade de seus combatentes, traços esses que se mantêm, até nossos dias, na personalidade do soldado boliviano. 

O 2º Batalhão de Fronteira, por sua posição geográfica e por seu histórico passado, foi a unidade selecionada para esta honrosa designação.” 


Fonte: Digoreste News com Jornal Oeste