Ninguém tem o direito de falar que Taques é corrupto, diz Fávaro
Vice-governador falou de candidatura ao Senado e negou traição no Paiaguás: “Fofoca de política”
O voce-governador Carlos Fávaro, que já anunciou
pré-candidatura ao Senado
Em meio aos efeitos da repercussão da Operação Bereré, que desbaratou um esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro operado no Detran-MT, o vice-governador do Estado, Carlos Fávaro (PSD), sai em defesa do Poder Executivo e descarta a “pecha” de que este seria um Governo corrupto.
“A corrupção existe no mundo há milhares de anos, o que não pode ser é complacente com a corrupção. Se descobriu, que se puna exemplarmente. Diga-se de passagem, esse é um Governo que não pode ser tachado como um Governo altamente corrupto. Casos podem acontecer. O governador Pedro Taques pode ter todos os defeitos do mundo, mas ninguém tem o direito de falar que ele é corrupto”, afirmou.
A declaração foi dada em entrevista na semana em que Fávaro fez o anúncio de que trabalha uma candidatura ao Senado.
Fávaro explicou que a decisão foi tomada em razão da desistência por parte do ministro Blairo Maggi (PP) em sair candidato à reeleição e após um pedido de seu grupo político.
“Meu foco hoje é estruturar e tornar realidade a candidatura ao Senado. Sei que nosso grupo político tem outros pretensos candidatos, como o Nilson Leitão, Jaime Campos, o que é normal. Acho que meu anúncio foi bem entendido dentro da base aliada, estou muito feliz e vou trabalhar para construir isso com muita dedicação”, afirmou.
Ainda durante a entrevista, o vice-governador fez uma análise sobre as conversações relativas à disputa eleitoral deste ano e ainda rebateu declarações de membros da oposição no Estado, dando conta de que o governador está cercado de “traidores”.
“Isso é muito pejorativo, dizer que tem traidores. Isso é só fofoca de política. Política é arte de conversar com tudo e com todos”.
Leia os principais trechos da entrevista:
REPÓRTER – Na última semana, foi deflagrada a Operação Bereré, que desbaratou um esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro no Detran. Embora esse contrato tenha sido firmado em 2009, ele ainda está em vigor no Estado. Até que ponto essa situação e essa operação arranham a imagem do Governo?
Carlos Fávaro – Não tenho os mínimos detalhes dessa operação. Sei que ela visa o combate à corrupção. Quero dizer que todo e qualquer Governo tem que agir com total transparência, tem que dar abertura para ser investigado. Eu só condeno se cometerem excessos, pré-julgar, isso é como uma flecha lançada, depois não tem como voltar. Mas, investigar, ter transparência, averiguar, é bom para gestão pública, não faz mal a ninguém.
REPÓRTER – A chapa pela qual o senhor foi eleito tinha como mote o combate à corrupção. Ao longo dos últimos anos, vimos o Governo envolvido em casos de corrupção, como os esquemas na Seduc e no Detran, isso sem contar no escândalo dos grampos ilegais, que levou secretários à cadeia. Reitero a pergunta: isso não prejudica, não mancha a imagem do Governo?
Carlos Fávaro – A corrupção existe no mundo há milhares de anos, o que não pode ser é complacente com a corrupção. Não dá para ser responsável pelo ato de 100 mil servidores públicos. Não dá para ser responsável pela atitude dos outros. O que não pode, repito, é ser complacente. Se descobriu, que se puna exemplarmente. Diga-se de passagem, esse é um Governo que não pode ser tachado como um Governo altamente corrupto. Casos podem acontecer. O governador Pedro Taques pode ter todos os defeitos do mundo, mas ninguém tem o direito de falar que ele é corrupto.
REPÓRTER – Então, na avaliação do senhor, a postura que o governador adotou em todos esses casos foi a correta?
Carlos Fávaro – O governador não acobertou nenhum caso.
"Acho que meu anúncio foi bem entendido dentro da base aliada. Estou muito feliz
e vou trabalhar para construir isso com muita dedicação"
Carlos Fávaro – Primeiro ressaltar que a saída do ministro Blairo Maggi da disputa eleitoral de 2018 é uma perda muito grande para Mato Grosso. Blairo Maggi é um grande representante mato-grossense. Ele foi um grande governador, senador, um ministro excepcional, enfrentou crises grandes como, por exemplo, a da Operação Carne Fraca, tudo isso com maestria, trabalho e dedicação. Fez muito bem a Mato Grosso e também ao Brasil. Ele tinha uma vaga consolidada na disputa ao Senado.
Diga-se de passagem, desde a reconstrução do PSD, quando assumi a presidência do partido, ele estava na iminência de se filiar ao PMDB, estive conversando com ele e o convidei para vir ao partido. Ele disse que não ia naquele momento, mas afirmou que estava feliz pelo convite e pela forma como eu estava conduzindo o partido. Ele acabou não indo para o PMDB, ficou sem partido. Veio o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a oportunidade de ele ser ministro da Agricultura, mas tinha que se filiar ao PP. Nós repactuamos isso. Estive com ele e disse que estávamos fechados do mesmo jeito. Falei a ele de sua importância para Mato Grosso e o compromisso continuou o mesmo: o PSD o apoiando na reeleição ao Senado.
Então, tínhamos um pacto com Blairo Maggi, ele era nosso pré-candidato ao Senado. Com sua desistência, esse pacto foi perdido. Discutimos isso internamente no PSD, o partido achou que era legítimo ocupar esse espaço e que, pela minha origem, agricultor, ligado ao agronegócio, perfil parecido ao do Blairo – é claro, guardadas as devidas proporções – eu estaria habilitado a ocupar essa vaga. Falamos com os deputados, tivemos o apoio da bancada estadual e comunicamos isso ao governador Pedro Taques. Sem nenhum condicionamento, sem nenhuma imposição. Sei que nosso grupo político tem outros pretensos candidatos, como o Nilson Leitão, Jaime Campos, o que é normal. Acho que meu anúncio foi bem entendido dentro da base aliada. Estou muito feliz e vou trabalhar para construir isso com muita dedicação.
REPÓRTER – Até em razão de pertencerem ao mesmo segmento, o senhor acredita que tem potencial para herdar os votos de Blairo Maggi?
Carlos Fávaro – Gostaria muito e vou trabalhar para isso, para justificar e mostrar que posso desempenhar meu papel, respeitando as diferenças que possam ocorrer entre eu e o Blairo. Fui presidente da Aprosoja, sou agricultor nato, nasci dentro de uma pequena propriedade, conheço todo o segmento. Mas também não quero só ser senador da República do agronegócio. Quero ser o senador da República do Estado de Mato Grosso, defender todos os mato-grossenses.
REPÓRTER – Na entrevista que deu no início da semana, Blairo anunciou que não vai pedir voto para ninguém, que manterá uma postura de neutralidade na disputa eleitoral. O senhor ainda tem esperança de fazê-lo mudar de ideia? Pretende conversar com ele sobre isso?
Carlos Fávaro – Temos que respeitar a posição do Blairo porque ele é muito coerente. O que ele disse: se fosse para subir no palanque, criar indisposição com A ou B, eu faria isso pra mim. Se ele quer um momento de paz, de tranquilidade, ele não vai fazer isso para os outros. Pode até ter sua preferência. Quero muito o voto do Blairo Maggi e tenho certeza que terei. O apoio será muito bem-vindo, mas eu não vou condicionar isso a ele. Respeito a posição dele.
REPÓRTER – Pouco tempo antes do anúncio do Blairo e até dessa decisão do senhor, o deputado Guilherme Maluf chegou a dar uma entrevista dizendo que já estava definida a reedição da chapa “Pedro Taques e Carlos Fávaro”, tendo o senhor novamente como vice. Podemos cravar então que isso foi superado? O senhor não disputará a eleição como vice do Taques?
Carlos Fávaro – Fiz isso de forma muito leal, muito transparente, junto com a bancada do PSD, junto com o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, junto com líder do Governo, deputado Dilmar Dal Bosco, com governador Pedro Taques. Explicamos as razões e os motivos, a oportunidade que o partido entende que tem para disputar essa majoritária e abrimos mão da disputa no cargo de vice.
REPÓRTER – Hoje já há algum nome que o senhor indicaria para essa vaga?
Carlos Fávaro – Ainda não. Não tem nome. Vi na imprensa a possibilidade do Adilton Sachetti, que também se tornou um postulante para a vaga de Senado e que é muito qualificado, competente. Mas agora é o momento das especulações, das conversas. Tenho certeza que vamos conseguir, no bom diálogo, o melhor fortalecimento do grupo.
REPÓRTER – O senhor citou o nome do deputado Nilson Leitão, que há algum tempo já lançou sua pré-candidatura ao Senado também. O PSDB já disse que trabalha para lançar o governador Pedro Taques à reeleição e Leitão ao Senado. O senhor vê algum tipo de conflito nessa composição? Acredita que tendo dois tucanos na majoritária não há o risco de “espantar” eventuais aliados?
Carlos Fávaro – Não posso falar pelo PSDB, em hipótese alguma falaria. Mas posso falar diante de fatos. É legítimo postular, já ocorreu e de forma bem sucedida. Por exemplo, o ex-governador Dante de Oliveira foi governador pelo PSDB, o vice dele Rogério Salles era do PSDB e o senador eleito, Antero Paes de Barros, do PSDB. Não há nada de mais.
Agora, é natural que, quando se tem uma base aliada, vários partidos, com gente muito competente e habilitada, cada partido queira ocupar um espaço. Mas é natural isso. Vai do bom diálogo e do bom entendimento. Tem espaço para todo
REPÓRTER– Recentemente, o senador Wellington Fagundes deu uma entrevista afirmando que foi procurado pelo senhor, que o senhor teria a intenção de conversar com membros da oposição para viabilizar uma candidatura ao Governo. O que de fato ocorreu neste episódio? O senhor procurou Wellington com a intenção de “ir para o lado” da oposição?
Carlos Fávaro – A política é a arte de conversar. Eu não fui procurá-lo para conversar. Eu recebi um convite dele para um jantar na casa dele. Recebi esse convite, falei com vários presidentes de partidos da oposição, todos juntos. Não teve uma conversa com o deputado Carlos Bezerra, com o deputado Valtenir Pereira, outra com Welington Fagundes. Nós fizemos um jantar, falando de Mato Grosso, do Brasil, de eleição.
Mas eu disse que não era o momento de ficar discutindo chapa. Falamos da conjuntura política e discutimos sobre política. Porque o pior tipo de político é o surdo, não aquele que tem uma deficiência física. Surdo quando a pessoa não quer ouvir. Ouvir e dialogar faz parte da política. Há divergências, mas não podemos deixar de dialogar nunca.
REPÓRTER – Então, em nenhum momento, o senhor pensou na hipótese de rompimento com o Governo Taques?
Carlos Fávaro – Não se tratava disso, de rompimento ou não. Fomos até lá para falar do cenário, falar de Mato Grosso, um jantar amistoso. Disse que tinha ido até lá sem a intenção de falar mal de A ou B, do Governo ou do governador, até porque faço parte do Governo. Fui para falar de política, de Mato Grosso, e foi assim, um jantar muito amistoso e agradável.
E vou dizer mais: o PSD não tem preconceito em coligar com nenhum partido político. Não tem problema nenhum. O partido é aberto, desde que o projeto seja viável, decente, desde que seja um projeto que faça o bem para o Estado de Mato Grosso.
REPÓRTER – A possibilidade de o senhor sair candidato ao Governo do Estado existe?
Carlos Fávaro – Meu foco hoje é estruturar e tornar realidade a candidatura ao Senado.
REPÓRTER – O senhor tem alguma crítica em relação a postura do senador Wellington? Acredita que a forma como ele divulgou esse encontro foi pra causar um mal-estar ao senhor? Pensa que ele pode ter agido com esse propósito?
Carlos Fávaro – Nenhuma crítica. Acho que não houve maldade, não quero crer nisso. Sou uma pessoa que procuro ver as coisas pela boa-fé, entendo que não houve má-fé.
REPÓRTER – Também semanas atrás, o deputado Carlos Bezerra deu entrevistas afirmando que o governador Pedro Taques está “cercado de traidores”, que o Palácio Paiaguás é um “reinado de traição”. O senhor concorda com essa avaliação? De fato, existem traidores no Governo?
Carlos Fávaro – Isso é muito pejorativo, dizer que tem traidores. Política é arte de conversar com tudo e com todos. Isso [traição] é só fofoca de política.
"Isso é muito pejorativo, dizer que tem traidores. Política é arte de conversar
com tudo e com todos. Isso (traição) é só fofoca de política"
Carlos Fávaro – Por incrível que pareça, de quase todos os grandes líderes políticos, o que não tive oportunidade ainda de conversar, nesses últimos meses, foi o ex-prefeito Mauro Mendes. Não houve ainda um encontro, ainda não conseguimos bater um papo.
REPÓRTER – O senhor pretende procurá-lo, saber dos projetos dele?
Carlos Fávaro – Claro! Como eu disse, o pior político é aquele que não quer ouvir, não quer dialogar. Eu quero dialogar com todos.
REPÓRTER– Mudando um pouquinho de assunto. Recentemente o senhor gravou um áudio fazendo críticas ao Governo por conta de uma ação da Sefaz contra produtores rurais. Como ficou esse episódio? Isso foi superado? Foi uma crise entre o senhor e o governador?
Carlos Fávaro – Não teve crise. Foi uma crítica construtiva. Eu estava andando pelo interior e vi o sofrimento das pessoas. Nunca vou defender a ilegalidade, em hipótese alguma, de quem quer que seja. Agora, reconheço a dificuldade que estavam passando alguns produtores, num momento de chuva, de crise, de colheita atrasada para deslocar uma máquina: “Choveu aqui, a colheita estava parada. Na propriedade de um vizinho, a 20 quilômetros, não choveu. Vem aqui, me ajuda a salvar um pouco da safra”. Aí vem o fiscal e aplica uma multa de R$ 60 mil. É mais do que o produtor ia produzir colhendo. Então, isso é o Estado sendo atrapalhador. Mas falei isso, não defendendo a ilegalidade.
Isso vinha ocorrendo há alguns anos, já havia falado com o secretário de Fazenda e os produtores me questionando. Parecia que eu estava sendo inerte. Por isso fiz a crítica, construtiva. E aí quero parabenizar o Governo, que tomou atitude rapidamente, regularizou, tem aí agora a forma de como o empresário se deslocar com máquina, dentro da lei, dentro da legalidade e sem nada atrapalhador. É isso que buscamos: agir dentro da lei. Um estado mais eficiente, menos burocrático, que atrapalhe menos a vida do cidadão.
REPÓRTER – Quando o senhor usou o termo “atrapalhador”, a crítica foi específica neste caso ou há mais situações que o senhor vê o Estado como atrapalhador?
Carlos Fávaro – Eu que venho da iniciativa privada confesso a você que já imaginava que a máquina pública é pesada, cheia de burocracia. Mas me surpreendi, porque é ainda mais do que eu poderia imaginar. Mas também vi que tem oportunidades de modernizar a máquina pública, até com o auxílio de consultorias certas.
Trouxemos a [empresa] Falconi através do Movimento Mato Grosso Competitivo e, nos 20 meses em que fiquei à frente da Secretaria de Meio Ambiente, nós modernizamos os procedimentos, sem precarizar o Meio Ambiente, sem cometer ilegalidades. Procedimentos que ganham agilidade, menos burocracia e mais oportunidade ao cidadão - e acho que essa deve ser a tônica. E isso tem que ser sempre, combater a corrupção, a burocracia, fazer com que o Estado mínimo funcione mais rápido para o bem do cidadão. Para isso que um político é eleito.
E aproveitando: outro fato que posso destacar é uma mensagem que encaminhei para a aprovação da Assembleia, no período em que estive como governador, em novembro do ano passado. A legislação que rege as contratações no Brasil é a lei 8.666 e ela não prioriza a eficiência. E esse é um conceito meu, com todo respeito à Constituição. Aqui em Mato Grosso, achei uma oportunidade de melhorar essa burocracia.
Um exemplo: se alguém vai vender um copo de água para o Estado de Mato Grosso e lança um edital na praça para habilitar os possíveis vendedores. Apareciam lá 20 vendedores. Você ia habilitando, vendo se cumpre os pré-requisitos, se tem certificações, experiência técnica. Abre os envelopes, classifica todo mundo. Um não cumpre um documento, você indefere essa participação. Esse comerciante ou indústria entra com um recurso, você atende o recurso, aceita ou recorre, ele pode não se dar por satisfeito, vai à Justiça. Tudo isso na fase de habilitação. Algum outro player dessa licitação se sente prejudicado, entra contra o recurso daquele outro membro, fica discutindo isso e se passam seis meses, um ano só em recurso para habilitar alguém que não vai vencer a licitação.
Passado todo esse processo, vamos abrir o envelope dos preços. Abre e vê quem fez o menor preço e ganhará o certame. Ora bolas! Qual o prejuízo de inverter esse processo? Abre primeiro o envelope do preço, vejo quem vai ter o menor preço e aí trabalha primeiro a habilitação dele. Se estiver com documentação certa, não precisa nem analisar os demais. Talvez você ganhe seis meses, um ano numa licitação, só por inverter as fases.
REPÓRTER – E essa mensagem já foi aprovada?
Carlos Fávaro – Enviei à Assembleia, foi feito um substitutivo, acertadamente, incluindo o RDC [Regime Diferenciado de Contratação], que vai dar outra agilidade. Enfim, é a máquina pública sendo modernizada, numa parceria do Executivo com a Assembleia.
REPÓRTER – Ainda sobre essa questão da Sefaz. À época em que o senhor gravou o áudio, surgiram interpretações no sentido de que o senhor estaria sendo “oportunista” ao defender um setor em detrimento da fiscalização.
Carlos Fávaro – Não é briga, nem oportunismo. Ninguém tratou como oportunismo, por exemplo, quando o ex-vice-presidente da República, Jose de Alencar, a cada vez que subiam as taxas de juros no Brasil, ele vinha a público e dizia que era um desserviço ao Brasil, que taxa de juros alta impedia o bom desenvolvimento da economia, atrapalhava os investimentos, inibia os investidores. Ele tinha posicionamento claro e falava isso em público. Ele não estava brigando com o presidente Lula, ele queria o bem do Brasil. O que fiz foi para tentar contribuir e tenho certeza que contribui. O governador reuniu a equipe, viu que podia melhorar, editou um decreto, melhorou e Mato Grosso ganha com isso.
REPÓRTER – Ao longo da entrevista, o senhor citou em alguns momentos a importância do diálogo na política. Uma das queixas dos políticos do Estado – inclusive dos aliados – é de que o governador Pedro Taques não é aberto ao diálogo. O senhor concorda com essa análise?
Carlos Fávaro – Ele é aberto ao diálogo, sim. Às vezes digo a ele que ele até conversa demais. Ele fala muito, muito. É o perfil dele, ele ouve muito e às vezes até demora pra decidir. É uma crítica que não é verdadeira.
REPÓRTER – Mesmo que essa crítica seja feita inclusive por membros da base do Governo?
Carlos Fávaro – Normal. Vejo isso com naturalidade. Isso vai do perfil de cada um.
Entrevista realizada pelo site MidiaNews