Documento de Jayme Campos aparece em crime de estelionato
A suspeita é que a CNH de Jayme foi usada por criminosos
A Polícia Civil investiga um crime de estelionato ocorrido em Cuiabá, no qual o nome do secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Jayme Campos está envolvido. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do político foi usada no contrato fraudulento para compra de um veículo modelo BMW, vendido em Londrina (PR). Campos nega qualquer envolvimento com o fato.
De acordo com o inquérito, o ex-senador seria o comprador do veículo, constando seu documento no contrato de compra e venda do automóvel, assim como a assinatura. A transação foi registrada em setembro de 2017.
O veículo estava com anuncio de venda na internet e os estelionatários negociaram com a vítima a transferência de R$ 30 mil como parte do pagamento. O valor foi repassado para a conta de Paulo Henrique Moreira da Silva, morador de Cuiabá.
Em sua oitiva, na Segunda Delegacia de Cuiabá, Silva disse que não conhece o político e que não se envolveu na venda de nenhum veículo, bem como não encaminhou o documento do ex-senador para a elaboração do contrato.
Afirmou que apenas emprestou sua conta bancária para terceira pessoa receber o pagamento. Conta que conheceu o suspeito chamado Gilson, conhecido como “Nenê” em um posto de combustíveis de Várzea Grande e que este perguntou se ele poderia emprestar sua conta no banco Bradesco para que recebesse o valor, pois ele não tinha conta nesse banco. Em contrapartida, Paulo da Silva receberia R$ 2 mil do valor recebido. O rapaz emprestou, sacou o dinheiro e entregou a Gilson. Depois não teve mais contato com o homem.
O advogado Givanildo Gomes, que atua na defesa de Paulo foi procurado e informou que vai aguardar a oitiva dos demais envolvidos e o encerramento do inquérito policial para se manifestar. Alega ser prematura qualquer análise de mérito nesta fase.
Jayme Campos foi procurado e informou que desconhece a investigação e que não foi notificado sobre tal inquérito. Afirma que não conhece Paulo.
"Eu sou o político mais limpo do Brasil. Não faço rolo, não sou avalista e na sociedade sou só eu a esposa e os filhos. Nunca fui notificado disso e nem compro nada fiado. No escritório pago tudo a vista. Isso aí deve ser algum estelionatário aplicando golpe. Eu não tenho nada a ver com isso", assevera Campos.
Abaixo, veja os documentos com a assinatura de alguém, usando o nome do ex-senador e o depoimento prestado na Delegacia de Polícia.
Do: Hipernotícias