Shoudré - Secretaria de Cultura do Estado e Artistas regionais emocionam presentes em homenagem



É provável que nem em seus melhores sonhos, Antônio Sodré, o Sodrezinho, esperasse tão sincera e qualificada homenagem prestada por diferentes correntes da cultura de Mato Grosso, na noite desta segunda-feira (19), na Casa Cuiabana. Nem há necessidade de ser especialista sobre eventos do gênero para constatar que o Showdré, com mais de 300 pessoas se acotovelando no quintal e palco da Casa Cuiabana, foi emocionante.

Certamente que o “o poeta da transmutação”, como era conhecido, de onde quer que tenha assistido aos espetáculos do Showdré (já que não acreditava em céu e inferno), aprovou cada instante das quase três horas de muita coisa da nossa terra, com cheiro cuiabano. E, lógico, muito bem temperado pelo cheiro comunitário do bairro Pedregal, um dos mais tradicionais da região leste de Cuiabá.

Na prática, o show também serviu como ‘carta de apresentação’ do novo secretário de Estado de Cultura, jornalista Kleber Lima, que assumiu há poucas semanas. Ele não escondeu a sua animação com o sucesso, principalmente com a presença maciça de artistas de praticamente todas sa áeras.

“Showdré, que espetáculo emocionante! Pura sinergia, vibração e a força da poesia que vem da alma do poeta”, afirmou Kleber Lima, emocionado, ao defender que a obra de Sodrezinho é imortal.


Durante evento, a Banda Caximir, da qual o escritor fazia parte, constituída especialmente para essa ocasião, sem dúvida, foi um show  a parte. Os músicos Amauri Lobo, Edaurdo Ferreira, Fidel Fiori, Adriangelo Antunes, Joel Delatorre e Rubão, na bateria.

Música, poesia e performance teatral estiverem entre os componentes do espetáculo que tende a ser lembrado por muito tempo pelas tribos culturais de Cuiabá.

Para uma noite de segunda-feira, com reinício de ano letivo, o Showdré demonstrou o acerto da SEC num evento para marcar o sétimo aniversário de morte de Antônio Sodré. Aliás, a encenção do jogo de ‘cartas da humanidade’ é antológica e merece registro diferenciado.  

Durante as apresentações, de forma intercalada com as músicas, amigos e admiradores recitaram alguns de seus poemas. A intérprete Bia Correa deu um show a parte ao declamar “Tão Fóssil”, arrancando lágrimas dos presentes. “Trata-se de uma homenagem mais do que merecida. É mesmo de arrepiar!”, definiu o músico Pio Toledo, professor de Música da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), para a reportagem.

Também foram recitadas ‘O Lado Humano Não Acompanha o Tecnológico’, ‘Tão Só Dré’, ‘Cômica Cósmica’, ‘Outros 500’ e ‘Still Corporation’, entre tantos outros poemas. Entre colabodores e participações especiais estiveram presentees Anna Amélia Marimon, José Medeiros, Lúcia Palma, Luiz Renato Pinto, Mário Friedlander, Fernando Greffe Filho, Ramon Carlini e o Fusca Sebo.

Pela manhã, Sodrezinho já tinha sido homenageado no Instituto de Linguagens da UFMT. O  diretor da FCA, professor Aclyse de Mattos, destacou que Sodré foi um escritor que falava direto ao inconsciente. “Ele era o poeta da conexão com o imaginário, com o inusitado, ele vivia da poesia, ele era poesia; um grande poeta que não pode ficar esquecido”, enfatizou Aclyse de Mattos.
  
Comumente, Antônio Sodré se autodenominava "El poeta de la transmutación" e, sem dúvida, foi isso que aconteceu em sua homeangem: a transformação de poesia em amor mútuo, na Casa Cuiabana.

Parabéns ao Secretário de Cultura do Estado, Kleber Lima, por proporcionar um evento tão lindo, tão importante e tão emocionante. Emoção digna e e merecida em memória do homenageado. 



Com: Olhardireto