Silval disse que se arrepende de tudo, mas não fala em devolver R$ 1,03 bilhão roubados

"Me arrependo por tudo; estou colaborando com a Justiça” Assim disse o ex-governador


Nesta segunda feira (15) o ex-governador Silval Barbosa afirmou que se arrepende de todos os atos de corrupção que cometeu enquanto foi chefe do Executivo, entre 2010 e 2014.

A declaração foi dada em uma rápida entrevista na porta da Controladoria Geral do Estado (CGE), em Cuiabá, após prestar depoimento sobre o envolvimento de cerca de 100 empresas em esquemas de pagamento de propina em sua gestão. “Tudo que foi feito de errado, tenho me retratado. Lógico, me arrependendo por tudo. Mas tudo que fiz e porque fiz, estou colaborando com a Justiça”, afirmou à imprensa. 

Silval também desconversou sobre recente decisão da juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, que negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que sua pena fosse reduzida em dois terços na ação penal derivada da 1ª fase da Operação Sodoma.

Em sentença, a magistrada decidiu reduzir apenas um terço da punição, em razão de Silval ter sido “pouco sincero” em sua confissão, condenando o político a 13 anos e sete meses de prisão por organização criminosa, concussão e lavagem de dinheiro. “Decisão judicial... São eles que comandam”, resumiu, entrando, em seguida, em seu carro e deixando a sede da CGE.


Depoimento

Em razão do sigilo das investigações, o ex-governador também não revelou o conteúdo de seu depoimento nesta segunda. Sabe-se que Silval falará, durante esta semana, sobre empresas que são alvos de várias auditorias abertas a pedido do governador Pedro Taques (PSDB) para apurar eventuais prejuízos aos cofres públicos por atos da antiga gestão.

Em outubro do ano passado, a CGE revelou que detectou um rombo de R$ 1,03 bilhão em contratos da administração passada. Os depoimentos seguem até quinta-feira (18).  “Meu depoimento aqui está sob sigilo. Eles pediram. É sigiloso, está em fase de investigação, por isso não posso falar nada”, disse.

Quando perguntado se prontificaria a devolver os mais de 1 bilhão surrupiado dos cofres públicos, o ex-governador nada respondeu.


Digoreste News com: Midianews

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