Colheita atrasada da soja pode influenciar plantio do algodão e milho
A colheita da soja da safra 17/18 em Mato Grosso atingiu 3,3% do total da área estimada, apresentando um atraso de 8,20% em relação ao mesmo período em 2017. O grande volume de chuvas em boa parte do Estado é o maior problema, no entanto, para a próxima semana as previsões climáticas indicam redução nas chuvas, o que poderá favorecer o avanço da colheita no final de janeiro. As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia (IMEA).
Em fevereiro, quando a colheita tradicionalmente se intensifica no Estado, os índices pluviométricos indicam uma significativa redução nas regiões centro-sul, médio-norte, noroeste, norte e, principalmente, na região oeste quando comparado ao ano anterior. Do outro lado, espera-se que a região sudeste possa apresentar um leve aumento pluviométrico frente ao volume acumulado em janeiro. De maneira geral, as previsões climáticas para fevereiro são animadoras, pois apontam volumes de chuvas significativamente menores ante os de 2017.
“A colheita dessa lavoura está concentrada para um período, até a primeira quinzena de fevereiro. Se ocorrer de chover muito nesse período pode complicar um pouco a colheita da soja, podendo refletir sim em produtividade e na produção, mas tudo isso depende das previsões climáticas. Nós teremos provavelmente colheita de soja até depois do final de fevereiro e início de março, porque atrasou o plantio no início da colheita. Volto afirmar que se tudo ocorrer bem, teremos uma boa produção de soja em Mato Grosso”, comentou ao AgroHiper o diretor executivo da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso(Aprosoja), Wellington Andrade.
A semeadura do algodão de segunda safra já apresenta um atraso de 20,28% em relação ao que foi visto no ano passado, enquanto que, na última sexta-feira (19), apenas 26,36% do total da área estimada foi semeado no Estado. No entanto, para os próximos sete dias a Somar Meteorologia aguarda uma redução no volume de chuvas, principalmente nas regiões sudeste, centro-sul e oeste, sendo previsto um acumulado semanal de 20 mm, 33 mm e 34 mm, nas respectivas regiões. Levando em conta que essas são as principais regiões produtoras de algodão no Estado, é esperada maior fluidez nos trabalhos de campo para a próxima semana. No entanto, em algumas regiões do Estado, as chuvas ainda devem demandar atenção, dado ao alto índice pluviométrico previsto durante o final de janeiro e início de fevereiro.
O mesmo problema ocorre na semeadura do milho para a safra 17/18, que alcançou 1,4% do total da área nesta última sexta-feira. Apesar de haver chuva abundante em algumas regiões, o acumulado para o próximo mês está apresentando volumes inferiores ao que foi visto no ano passado, o que pode ser um fator favorável para a liberação de área nos avanços da colheita da soja, mas também desperta preocupações quanto as condições de desenvolvimento do cereal no campo para a safra 17/18.
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