Allan Kardec foi denunciado no MP por desvio durante comando de Ságuas na Seduc

Empresário denunciou ao MPE 2 vereadores de Cuiabá por desvio - Homem diz que executou obras na Seduc na era do PT



O empreiteiro Davi Marcelo Felix, dono da Construtora Bom Jesus Ltda – ME, denunciou ao Ministério Público Estadual (MPE) que os ex vereadores por Cuiabá Allan Kardec (PT) e Júlio Pinheiro (in memória), receberam por meio de fraude o valor de R$ 450 mil referentes a serviços prestados para a Secretaria de Estado de Educação, sob a gestão do ex-secretário de Estado, Ságuas Moraes (PT). Nas declarações pelo promotor Roberto Turin, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá, o empresário narrou que recebeu uma proposta de um ex-assessor do vereador Allan Kadec, identificado como Alessandro Marcelo Petronilho, para assumir, por meio de sua construtora, obras emergenciais de reformas em escolas estaduais nas cidades de Guiratinga, Pontes e Lacerda, Cáceres e Mirassol D´Oeste.

Petronilho também foi assessor do deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) e seria dono de uma empresa de climatização que prestava serviços à Secretaria de Educação. Ao MPE, no entanto, Davi Felix afirmou que recebeu apenas R$ 16 mil após o início das obras que ainda não haviam sido entregues.

Elas estavam paralisadas, sob a justificativa de falta de repasse. Entretanto, ele diz que assinaturas foram falsificadas e o dinheiro referente a maior parte das obras foi feita pelos diretores das escolas a Alessandro Petronilho, que, segundo ele, teria repassado o dinheiro aos vereadores Allan Kardec e Júlio Pinheiro. “Ele me disse que recebeu e repassou esse dinheiro aos dois vereadores. Eu estive com o vereador Allan Kardec, que afirmou que recebeu um dinheiro do assessor como forma de pagamento de dívida”, explicou Davi Felix.

Para instruir sua denúncia, o empresário apresentou cópias de um orçamento e um contrato firmado com o Conselho Deliberativo da Escola Estadual Boa Vista, localizada em Mirassol D´Oeste. O orçamento foi apresentado no valor de R$ 396 mil para construção de uma sala de coordenação com banheiro, substituição da rede elétrica e construção de uma cozinha e um refeitório.

Além da denúncia ao Ministério Público, Davi moveu uma ação de cobrança. O processo tramitava á  época na Terceira Vara da Fazenda Pública de Cuiabá, sob a titularidade do juiz Márcio Aparecido Guedes.

A denúncia, feita inicialmente ao promotor Roberto Turin, foi redistribuída ao promotor Gilberto Gomes, do mesmo Núcleo. Por meio da assessoria de imprensa, ele informou que, naquele momento, não encontrou indícios suficientes para instaurar inquérito civil. Mas, ele oficiou aos diretores das escolas citadas que apresentassem cópias dos contratos firmados com a empreiteira.



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