700 Municípios de MG devem ficar sem o 13º
70% dos 853 municípios de Minas podem ficar sem o 13º em decorrência de atrasos nos repasses do Governo do Estado
Por culpa dos atrasos dos repasses estaduais do Governo Pimentel, a que os municípios têm direito, 70% dos 853 municípios de Minas Gerais encontram dificuldades para arcar com a folha de pagamento de dezembro e, mais ainda, com o 13º salário do funcionalismo.
A informação é da Associação Mineira de Municípios (AMM).
“Temos dois opressores: o estado e o governo federal. Nossas receitas não cresceram e repasses estão atrasados”, afirma Lacerda, prefeito de Moema, na Região Central do Estado. Em Poté, no Vale do Mucuri, o parcelamento do 13º já está certo. “Já mandei 100 funcionários embora e estamos na iminência de não conseguir pagar o 13º”, afirma o prefeito Nego Sampaio (PRB). Segundo ele, a crise está tão grande que ele precisou vir para BH de carona e ficar hospedado na casa de um parente.
Os municípios mineiros sofrem com o atraso de repasses federais e estaduais nas áreas de educação, saúde, assistência social, entre outros. “Estamos pedindo socorro. Está faltando de prótese dentária a UTI aérea. Esses recursos que estamos pedindo não são pra fechar o ano no azul, é pra ficar no zero a zero”, afirma o prefeito de Muriaé, na Zona da Mata, Ioannis Konstantinos Grammatikopoulos (DEM), conhecido como “Grego”.
Os deputados federais se comprometeram em priorizar a pauta dos municípios, que vai desde o auxílio financeiro (AFM), passando pelo pagamento de parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma das principais fontes de renda das prefeituras, a regularização de repasses.
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