Por transparência, Botelho tira deputados delatados por Silval da Comissão de Ética
Deputado Leonardo Albuquerque assume presidência da nova comissão, que vai dar parecer sobre prisão de Gilmar Fabris
O Deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de MT, resolveu dissolver a Comissão de Ética por causa da delação do ex-governador Silval Barbosa. Em delação premiada, Silval afirmou à Procuradoria Geral da República (PGR) que pagou propina a diversos deputados, incluindo entre eles, alguns membros da comissão. Botelho informou que já assinou, na noite desta terça-feira (19), o ato nomeando os novos membros,
Botelho nomeou uma nova comissão sem nenhum integrante delatado por Silval “Foi mudado todos os nomes e agora só tem deputados não citados na delação”, disse à imprensa durante entrevista coletiva.
A nova Comissão de Ética tem como membros os Deputados: Leonardo Albuquerque (PSD), que assume a presidência, Wancley Carvalho (PV), Saturnino Masson (PSDB), Adriano Silva (PSB) e Allan Kardec (PT). O petista entrou no lugar de Janaina, pois a comissão segue a proporção dos blocos na Assembleia. Como os dois pertencem ao bloco de oposição, que tem direito a apenas uma cadeira em cada uma das comissões permanentes da Casa, Kardec acabou ficando com a vaga que era da deputada que não foi delatada por Silval, emboras seu pai (José Riva) é citado várias vezes e também foi preso 3 vezes por diversos crimes, e atualmente também negocia delação premiada.
Delatados.
Dos titulares da comissão dissolvida ontem (19) foram delatados Pedro Satélite (PSD), Oscar Bezerra (PSB) e Silvano Amaral (PMDB), A delação foi apelidada pelo Ministro do STF Luiz Fux como “monstruosa”. Dos membros suplentes destituídos, os alvos de Silval foram Ondanir Bortoloni, o “Nininho” (PSD), Guilherme Maluf (PSDB) e Romoaldo Junior (PMDB).
A colaboração de Silval foi feita no bojo da Operação Ararath, e desencadeou a Operação Malebolge (12ª fase da Ararath) na semana passada, que resultou em buscas e apreensões nas casas e gabinetes de diversos parlamentares, além da prisão do deputado Gilmar Fabris (PSD), suspeito de ocultar provas.
Na coletiva, Botelho justificou a inclusão de Wancley na comissão sob o argumento de que ele não foi delatado por Silval – o parlamentar, porém, é investigado por peculato pela Procuradoria Geral da República (PGR) na Operação Ararath. “É sobre suprimento de fundos. Não tem a ver com a delação do Silval. Então ele pode ficar na comissão”, justificou o presidente à imprensa..
Dos trabalhos
Leonardo Albuquerque que agora passa a ser o novo presidente da comissão, diz que quer reunir o grupo já nesta quarta-feira (20), para dar início ao trabalho de acompanhamento dos processos e operações envolvendo deputados estaduais, entre eles a prisão do deputado Gilmar Fabris. A comissão deve emitir um parecer opinando se a prisão de Fabris deve ou não ser mantida, para ser votado em plenário.
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